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Venda de imóveis usados em São Paulo dá sinais de reaquecimento

Pesquisa do Secovi na primeira quinzena de agosto mostra maior volume de negócios desde que o setor começou a sentir os impactos da pandemia

Casa à venda em São Paulo: pesquisa mostra que as transações no estado cresceram em 60% das imobiliárias consultadas (Germano Lüders/Exame)

Casa à venda em São Paulo: pesquisa mostra que as transações no estado cresceram em 60% das imobiliárias consultadas (Germano Lüders/Exame)

Uma sondagem feita pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostra que, para 60% das 40 imobiliárias consultadas na capital paulista e em outras cidades do estado de São Paulo, as transações de compra e venda de imóveis usados aumentaram na primeira quinzena de agosto em relação às duas últimas semanas de julho. Esse foi o melhor resultado registrado desde o início de abril, quando o setor começou a sentir os primeiros impactos da pandemia. “Constatamos que melhoraram os números das etapas da jornada que antecede a compra e a venda. Exemplo disso foi o aumento de agendamentos de visitas e de propostas recebidas pelas empresas”, afirma Claudio Hermolin, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.

Locação de imóveis

Enquanto a vendas de usados começa a dar sinais de retomada, um balanço divulgado esta semana pelo Secovi-SP mostra que o valor dos contratos de locação residencial fechados na cidade de São Paulo permaneceu estável (+0,90%) em julho em relação ao mês anterior. Segundo a Pesquisa de Locação do Secovi-SP, nos últimos 12 meses (de agosto de 2019 a julho de 2020), houve uma retração de -1,39% nos preços, percentual bem abaixo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas, que registrou variação de 9,27% no mesmo período.

Segundo Adriano Sartori, vice-presidente de gestão patrimonial e locação do Secovi-SP, essa queda se justifica pelo fato de muitos inquilinos terem buscado, junto aos proprietários, a redução dos valores de locação por causa de dificuldades econômicas relacionadas à pandemia. “Constatamos essa queda gradual do valor médio de locação desde maio deste ano”, afirma.

3 dormitórios em alta

Os imóveis que mais subiram de preço, segundo o levantamento, foram os de três dormitórios (3%), seguidos pelas unidades de um e dois dormitórios, que tiveram uma leve alta de 0,40% e 0,60% respectivamente. O dado corrobora uma outra pesquisa divulgada recentemente pela consultoria paranaense Brain. Segundo o levantamento, a pandemia vem interferindo na quantidade de cômodos buscados.

A pesquisa mostra também que o tipo de garantia mais buscada em julho nos contratos de locação foram o fiador (46%), seguido pelo depósito de três aluguéis (38%) e pelo seguro-fiança (16%). Em relação à velocidade de locação, os dados do Secovi apontam para um intervalo médio de 33 a 57 dias para casas e sobrados e um ritmo mais lento mais os apartamentos, de 40 a 83 dias.

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