Mercado imobiliário

Venda de imóveis novos cresceram 10% no primeiro semestre, diz Abrainc

O segmento de Médio e Alto Padrão teve destaque e mostrou força nas vendas: aumento de 22,8%

Abrainc: melhorias implantadas neste a no já refletiram em um aumento no número de lançamentos no segmento, que teve uma alta 17,2% no primeiro semestre (Getty Images/Getty Images)

Abrainc: melhorias implantadas neste a no já refletiram em um aumento no número de lançamentos no segmento, que teve uma alta 17,2% no primeiro semestre (Getty Images/Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 16h48.

As vendas de imóveis novos no país cresceram 9,8% no primeiro semestre desse ano, na comparação com o mesmo período de 2022. É o que aponta um levantamento divulgado nesta terça-feira, 26, pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O estudo foi realizado com 20 parceiras associadas à entidade.

Em meio a um cenário econômico desafiador imposto pelos altos juros da taxa Selic, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) teve destaque e mostrou força nas vendas: aumento de 22,8% sobre igual intervalo do ano passado.

Já as vendas de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida registraram um crescimento de 4,2% nas vendas. De acordo com a Abrainc, as melhorias implantadas neste a no já refletiram em um aumento no número de lançamentos no segmento, que teve uma alta 17,2% no primeiro semestre. “Isso deve implicar em um forte aumento das vendas do segmento nos próximos meses”, diz a entidade.

O segmento de Médio e Alto Padrão apresentou uma forte redução de 59,4% de lançamentos no intervalo. O segmento foi influenciado pelas altas taxas de juros, que prejudicaram o acesso aos financiamentos imobiliários pelo SBPE (Sistema Brasileiro Poupança e Empréstimos), inviabilizando a compra de imóveis para compradores de média renda.

 Para Luiz França, presidente da Abrainc, os números do primeiro semestre refletem as dinâmicas do mercado imobiliário brasileiro e a importância de programas de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, para combater o déficit de moradias. França também destaca que, no momento, o principal empecilho para o setor é a alta taxa Selic.

"O primeiro semestre de 2023 se caracterizou pelo crescimento notável das vendas no mercado imobiliário brasileiro, apesar de uma queda nos lançamentos. Esperamos para os próximos meses um grande crescimento no mercado da habitação popular. Precisamos de alternativas para diminuir o custo de funding para os compradores de média renda. Desse modo, o mercado imobiliário vai seguir com o desafio de gerar empregos e combater o déficit habitacional."

Acompanhe tudo sobre:ImóveisPreços de imóveisConstrução civil

Mais de Mercado imobiliário

Moura Dubeux tem alta de 92% no lucro do 3º tri – e vai pagar dividendos pela primeira vez

Lucro da Direcional supera expectativas e sobe 133% no 3º tri, para R$ 160 milhões

Quanto custa para vender uma casa

13 dicas para economizar e não cair em ciladas com o Airbnb