Avenida Paulista, em São Paulo: resultado melhorou em relação a 2017 (Germano Lüders/Exame)
João Pedro Caleiro
Publicado em 16 de junho de 2018 às 08h00.
Última atualização em 18 de junho de 2018 às 10h54.
São Paulo - Depois de uma ausência breve, São Paulo voltou a ficar entre os 10 mercados imobiliários mais frios do mundo, de acordo com dados do Global Property Guide.
Os preços de moradia na cidade caíram 1,1% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017, quando ajustados pela inflação.
Foi o 9º resultado mais fraco entre 42 mercados analisados, mas a série histórica já mostra recuperação: foi a menor queda anual dos últimos três anos.
No mesmo ponto de 2017, os preços em base anual estavam caindo a um ritmo de 3,75%, também com ajuste pela inflação.
"O Brasil está emergindo gradualmente da sua queda em [preço de] propriedades, abastecido por um aumento das construções e das vendas de moradia, assim como uma perspectiva econômica positiva", diz o relatório.
A queda no 1º trimestre de 2018 em relação ao 4º trimestre de 2017 foi de 0,19% com ajuste pela inflação.
Na conta sem ajuste, o mercado imobiliário paulistano já demonstra alta de preços de 0,51% na conta trimestral e 1,54% na base anual.
Nessa conta, São Paulo ficou no 11º lugar mais fraco entre os 42 mercados contemplados.
Mundo
O cenário global mostra que 31 mercados tiveram alta de preços de moradia e apenas 15 tiveram queda no 1º trimestre de 2018.
Quando a medida é o ímpeto do momento, pouco mais da metade estão ganhando força enquanto o resto está perdendo, "sugerindo que o boom está se moderando", diz o relatório.
Os mercados imobiliários mais quentes do mundo, na conta ajustada pela inflação, são Macau (alta anual de 20,58%), Porto Rico (12,55%), Irlanda (12,51%), Hong Kong (11,79%) e Egito (11,45%).
O mercados mais fracos do planeta na mesma medida são Catar (queda anual de 9,66%), Kiev na Ucrânia (-7,55%), Dubai (-6,44%), Nova Zelândia (-3,37%) e Noruega (-3,01%).