Mercado imobiliário

Salários atrativos e flexibilidade atraem mulheres para carreira de corretora de imóveis

Levantamento do DataZap+ apontou que as mulheres já são a maioria entre os profissionais que trabalham como corretores de imóveis no país

Conecta Imobi: evento realizado esta semana apresentou dados inéditos sobre as profissionais da corretagem (Datazap+/divulgação/Divulgação)

Conecta Imobi: evento realizado esta semana apresentou dados inéditos sobre as profissionais da corretagem (Datazap+/divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 24 de setembro de 2022 às 07h32.

As mulheres são a maioria entre os corretores imobiliários em todo o país. Elas têm um perfil parecido e interesses em comum na carreira. É o que revela um levantamento realizado pelo DataZap+. Os dados foram apresentados nesta semana durante o Conecta Imobi, um dos maiores eventos do mercado imobiliário na América Latina.

Apesar da atuação feminina neste mercado, apenas das mulheres são corretoras desde o início da vida profissional, a maioria (96%) migrou de carreira. Antes de serem corretoras, uma parcela (11%) era vendedora, 7% eram secretárias e 6% administradoras. A lista cita ainda bancárias, comerciantes, professoras, advogadas, esteticistas e entre outras. A transição para corretagem foi motivada principalmente pelos salários e flexibilidade da profissão.

Ao analisar o perfil destas mulheres, o levantamento apontou que a maioria declarou ser branca, casada, ter filho e ensino superior completo. Cerca de 8 em cada 10 estão nas classes A e B. A média de idade é 49 anos. Além disso, 45% moram em imóvel quitado e 21% moram em imóvel financiado. Outros 21% pagam aluguel, 12% imóvel de seus pais (alugado ou próprio) e 1% imóvel cedido.

Ao analisar o perfil da moradia, a maioria (52%) mora em apartamento padrão, 27% em casa de rua, 7% em casa em condomínio e 7% em sobrado. Os dados revelaram ainda que 8 em cada 10 mulheres têm automóvel.

Avanço no setor imobiliário

Larissa Gonçalves, economista do DataZap, destacou que a presença maciça das mulheres na corretagem de imóveis é um avanço para o setor imobiliário. “Um imóvel é bem mais caro que a pessoa vai comprar na vida. Anos atrás, a escolha da casa passava apenas pelos homens. Hoje, quem faz esta ponte são as mulheres. São profissionais qualificadas, 70% com nível superior.”

Estas mulheres também almejam um cargo de liderança. Com 56% com a intenção de ser uma líder/gestora e 68% acreditam que vão ocupá-lo em até 12 meses. A expectativa positiva do prazo se deve ao fato, que segundo as entrevistadas, 45% das empresas em que elas trabalharam têm homens e mulheres como líderes. “Ter uma mulher no cargo de liderança, faz com que outras mulheres se inspirem e almejem também serem líderes.”

A economista ressalta ainda que apesar da representatividade das mulheres na corretagem de imóveis, na hora de negociar os valores de comissões e ganhos, por exemplo, elas sugerem valores inferiores ao cobrado pelos homens. “Elas não cobram de maneira igual. É o reflexo histórico que faz com que ainda exista esta mentalidade. Ela coloca na conta que por ser um trabalho flexível, talvez não possa ir um dia por causa dos filhos, por ter que faltar ao trabalho para resolver problemas pessoais, entre outros.”

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