Birmann 32: conhecido como "prédio da Baleia", edifício é um dos mais famosos do centro financeiro (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 08h01.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 14h19.
O prédio mais caro já vendido no Brasil foi adquirido este ano pelo Itaú, que comprou a sede do Itaú BBA na Faria Lima por aproximadamente R$ 1,5 bilhão. O valor pago pelo Faria Lima 3500 foi considerado a maior transação envolvendo um único edifício da história do País, e colocou o Itaú na lista dos maiores proprietários de empreendimentos de alto padrão no coração financeiro de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima.
O Itaú destoa dos pares, já que a maioria das empresas que ocupa os prédios icônicos da região não são proprietárias, mas sim inquilinas. As companhias que tem a Faria Lima como endereço normalmente alugam o espaço, enquanto a propriedade dos edifícios fica nas mãos de gigantes do mercado imobiliário e grandes fundos de investimento.
Um dos destaques entre os proprietários é o Faria Lima Prime Properties (FLPP), dono do Birmann 32 – também conhecido na região como o “prédio da Baleia” por conta da escultura metálica localizada na frente do edifício. Dono de 100% do Birmann 32, o FLPP é o maior proprietário da Faria Lima, com 8,8% da área locável entre os dez maiores prédios de alto padrão da área. Os dados são de levantamento da JLL, consultoria imobiliária comercial, feito a pedido da EXAME.
"A Faria Lima se mostrou a região mais resiliente de São Paulo, com vacância baixa e alta constante nos preços dos aluguéis, o que diminui o risco do investimento. Além disso é uma região que comporta grandes alocações de capital, o que faz cada vez mais sentido para fundos cada vez maiores", afirmou Thiago Duarte, gerente de capital markets da JLL.
Vale lembrar que, diferente do FLPP, outros pesos-pesados do mercado imobiliário na região possuem apenas uma fração dos edifícios, e investem em mais de uma propriedade. O Pátio Malzoni, um dos prédios mais emblemáticos da avenida, tem quatro proprietários principais divididos entre seus dois blocos.
"Dado o apetite pela região, todos os proprietários gostariam de ter mais área de investimento, mas não é tão fácil comprar. Seja por preço ou por pouca disponibilidade de imóveis à venda", completou a Duarte.
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