Garagem em casa: um detalhe importante para 61,92% dos pais ao bater o martelo na compra de um novo imóvel (Viva Decora/Divulgação)
Playground? Piscina? Escolas por perto? Nada. O que famílias com filhos mais procuram na hora de adquirir um imóvel é vaga na garagem. É o que indica uma pesquisa realizada pelo site Imovelweb, referência no mercado imobiliário. De acordo com o levantamento, 61,92% dos pais têm como prioridade um local para estacionar o carro ao bater o martelo na compra de uma nova propriedade.
O segundo atributo mais valorizado é a segurança, apontada por 57,27% dos participantes da pesquisa. A busca por uma região tranquila e silenciosa registrou percentual parecido: 56,40%. A quarta característica mais relevante, com 47,97% dos votos, é a existência de um quintal ou terraço, que ajudam a entreter a criançada.
E opções de lazer, como piscina e salão de jogos? São tidas como prioritárias só para 36,05% das famílias. Os atributos que menos influenciam na decisão de compra são: número de cômodos (35,76%); áreas verdes (35,47%); escolas por perto (30,81%) e jardim exclusivo (24,42%).
Um quarto só para os filhos é de extrema importância para a imensa maioria, ou, mais exatamente, para 96,48% das pessoas, segundo a mesma pesquisa. E foram apontadas várias razões para isso. Para 76,08% dos entrevistados o cômodo exclusivo é necessário porque toda criança precisa exercitar sua autonomia.
Mais de 22% valorizam o espaço porque ele é sinônimo de um local tranquilo para os estudos, enquanto 18,16% o enxergam como uma área de brincadeiras. Sem um quarto só para as crianças, acreditam 9,22% das pessoas, o convívio familiar acaba ameaçado.
O Imovelweb também constatou que 74,47% das famílias com filhos foram obrigadas a se adaptar para achar espaço para o home office e para as aulas online dos filhos. Para quase o mesmo percentual, a convivência entre pais e filhos não foi afetada ao longo da pandemia e se manteve muito boa ou boa — 22,58% dos entrevistados registraram altos e baixos e apenas 3,77% reclamaram de piora na relação.
Quase 45% dos participantes têm só um filho; 36,11% têm dois; e 18,94% têm três ou mais. Do total, 65,12% têm imóvel próprio, 34,88% são inquilinos, 56,62% moram em casa e 43,38% em apartamentos.
Outra pesquisa recém-divulgada, esta do DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, debruçou-se sobre o tempo que as famílias levam para fechar negócio. Em média, a compra de um imóvel demora quatro meses, enquanto a assinatura de um contrato de aluguel demanda a metade desse tempo. Registre-se que só 15% das pessoas costumam levar mais de um ano para bater o martelo na aquisição de uma propriedade.
Batizado de "Jornada de compra e locação no mercado imobiliário brasileiro", o levantamento também constatou que o principal público dos imóveis avaliados em até 150.000 reais são os consumidores com renda de até 4.400 reais. Propriedades que custam mais de 1 milhão de reais costumam entrar no radar só de quem embolsa mais de 20 salários mínimos por mês, ou cerca de 22.000 reais.
Quando o assunto é locação, a turma com 4.400 reais de salário mensal se divide entre os que topam pagar até 999 reais de aluguel (52%) e os que admitem desembolsar entre 1.000 e 1.999 reais (44%). Três mil reais é um valor aceitável para 71% dos consumidores com salário de 22.000 reais.
Tanto para o caso de compra, como para locação, os apartamentos são o queridinho de todos — só 40% preferem morar em casa de rua ou em casa dentro de condomínio fechado. E os consumidores que têm filhos? Só 14% deles dão preferência para casas em condomínio. Os demais estão mais de olho em apartamentos. Desde que tenham vagas de garagem...