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Quais são as cidades com maior potencial para o mercado imobiliário? Veja ranking

A segunda edição do IDI-Brasil elenca cidades com maior potencial nas categorias econômica, médio e alto padrão

No padrão médio, com famílias de R$ 12 mil a R$ 24 mil, Goiânia despontou como a cidade com maior demanda direta por novos imóveis em 2024. (Matin-Rose-FIFA/Getty Images)

No padrão médio, com famílias de R$ 12 mil a R$ 24 mil, Goiânia despontou como a cidade com maior demanda direta por novos imóveis em 2024. (Matin-Rose-FIFA/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 10h34.

Curitiba, Goiânia e São Paulo foram as líderes em demanda imobiliária no Brasil, cada uma em um segmento específico de renda econômico (até R$ 12 mil), médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil), respectivamente.

Os dados são da segunda edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil), que analisou 61 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais.

Atualizado trimestralmente, o índice utiliza dados de transações reais, anonimizados e não autodeclarados. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Curitiba é líder no padrão econômico

O padrão econômico, que inclui famílias com renda entre R$ 2 mil a R$ 12 mil, foi liderado por Curitiba, Fortaleza e São Paulo ao longo dos quatro trimestres de 2024. 

Para José Carlos Martins, Presidente do Conselho Consultivo da CBIC, o bom desempenho da capital paraense pode ser atribuído ao plano diretor da cidade, que dificulta a aquisição de moradias populares, como as do programa Minha Casa Minha Vida. Isso gera uma demanda não atendida que eleva o índice.

"Muitas pessoas que desejam adquirir imóveis no padrão econômico em Curitiba acabam buscando alternativas na região metropolitana ou optando por imóveis usados. O índice evidencia, inclusive, a necessidade de adequações na legislação, que por ser muito exigente, acaba sendo impeditiva para grande parte da população", afirma Martins.

Ranking das cidades no segmento econômico

  1. Curitiba (PR) – nota 0,909

  2. Fortaleza (CE) - nota 0,849

  3. São Paulo (SP) - nota 0,791

  4. Goiânia (GO) - nota 0,762

  5. Recife (PE)- nota 0,793

  6. Sorocaba (SP) - nota 0,725

  7. Maceió (AL) - 0,707

  8. Brasília (DF) - nota 0,677

  9. Aracaju (SE) – 0,660

  10. Maringá (PR) - nota 0,635

Goiânia é líder no padrão econômico

No padrão médio, com famílias de R$ 12 mil a R$ 24 mil, Goiânia despontou como a cidade com maior demanda direta por novos imóveis em 2024. Na capital de Goiás, portanto, as unidades lançadas no segmento são absorvidas rapidamente pelo mercado.

O presidente da CBIC, Renato Correia, cita as recentes mudanças na legislação municipal para o bom desempenho, e afirma que um plano diretor bem estruturado é uma alavanca fundamental para aproveitar o potencial econômico e a demanda da cidade.

O médio padrão variou mais ao longo de 2024 em relação ao padrão econômico. São Paulo e Goiânia alternaram entre a primeira e segunda posições no primeiro e segundo trimestres. Florianópolis iniciou o ano em 9º lugar, mas encerrou em 3º. Já Brasília esteve estável até o 3º trimestre do ano, caindo uma posição no último trimestre.

Maceió também merece destaque. A capital de Alagoas teve um crescimento expressivo na demanda, iniciando 2024 na 22ª colocação e terminando o ano em 10º lugar do ranking.

Cristiano Rabelo, CEO da Prospecta e responsável pela metodologia do IDI, destaca que um dos motivos pode ter sido uma situação externa. “Tivemos um grande problema no bairro Pinheiro, em Maceió, onde o afundamento de solo forçou muitas famílias a abandonarem suas casas. O mercado precisou responder com soluções habitacionais, o que aqueceu as buscas. O Índice reflete claramente essa influência, especialmente no padrão médio e alto, que era o perfil das residências afetadas”, explica.

Ranking das cidades no segmento de médio padrão

  1. Goiânia (GO) – nota 0,807

  2. São Paulo (SP) – nota 0,782

  3. Florianópolis (SC) – nota 0,655

  4. Brasília (DF) – nota 0,654

  5. Curitiba (PR) – nota 0,634

  6. Salvador (BA) - nota 0,628

  7. Porto Belo (SC) – nota 0,616

  8. Fortaleza (CE) – nota 0,609

  9. Belo Horizonte (MG) – nota 0,595

  10. Maceió (AL) – nota 0,587

São Paulo é líder no alto padrão

No padrão alto, com renda familiar superior a R$ 24 mil, o ranking de 2024 manteve-se relativamente estável no topo. Nas líderes São Paulo e Goiânia, os novos e antigos lançamentos são absorvidos pelo mercado de forma rápida.

A capital paulista, apesar de ter aparecido no primeiro lugar apenas no segmento econômico, se consolidou como a cidade mais versátil do Brasil quando o quesito é mercado imobiliário. Mesmo com o crescimento do potencial de demanda em outras cidades, a capital paulista manteve posições de destaque nos segmentos de médio e econômico, impulsionada por seus altos indicadores de demanda e atratividade de lançamentos.

"A diversidade econômica e o tamanho da cidade garantem uma demanda contínua e consistente para diferentes tipos de empreendimentos", afirma Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge.

Ranking das cidades no segmento de alto padrão

  1. São Paulo (SP) - nota 0,850

  2. Goiânia (GO) – nota 0,833

  3. Florianópolis (SC) – nota 0,733

  4. Fortaleza (CE) – nota 0,714

  5. Balneário Piçarras (SC) – nota 0,701 

  6. Belo Horizonte (MG) – nota 0,685

  7. Brasília (DF) – nota 0,678

  8. Curitiba (PR) – nota 0,646

  9. Recife (PE) – nota 0,629 

  10. Salvador (BA) – nota 0,627

Metodologia do índice 

O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários e utiliza seis indicadores principais:

  1. Indicador de Demanda, que mede o número de potenciais compradores e usa como fonte o IBGE.

  2. Indicador de Dinâmica Econômica, que avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado. Baseado em dados do IBGE, CAGED e Receita Federal.

  3. Indicador de Ofertas de Terceiros, que avalia a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos. Usa como fonte portais de venda na internet.

  4. Indicador de Demanda Direta CV CRM, que usa dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas. 

  5. Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM, que verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo percepções sobre a aceitação e estabilidade do mercado na cidade.

  6. Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM, que examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios.

A lista de cidades com maior atratividade é apresentada em forma de ranking com base no cálculo do IDI. A escala de atratividade vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem um score próximo de 1,000 são consideradas altamente atrativas.

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