Mercado imobiliário

Preços de aluguel de salas comerciais voltam a subir em setembro

Aluguel de salas e conjuntos comerciais acumula valorização de 4,64% nos últimos 12 meses

São Paulo: preço de aluguel de salas comerciais na cidade aumentou 0,26% em setembro (Getty Images/Getty Images)

São Paulo: preço de aluguel de salas comerciais na cidade aumentou 0,26% em setembro (Getty Images/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 25 de outubro de 2022 às 06h00.

Segundo o Índice FipeZap, os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados se mantiveram praticamente estáveis em setembro (0,04%), enquanto os preços de locação do segmento avançaram 0,37% no mês passado. No mês o IPCA registrou uma deflação de 0,29%, enquanto o IGP-M/FGV registrou recuo de 0,95%.

Entre as 10 cidades onde o segmento comercial é monitorado pelo índice, os preços de venda apresentaram elevação em: Curitiba (1,05%); Salvador (0,74%); São Paulo (0,26%); e Niterói (0,12%). Nas demais localidades os preços caíram: Rio de Janeiro (-0,64%); Porto Alegre (-0,33%); Florianópolis (-0,24%); Campinas (-0,17%), Belo Horizonte (-0,16%) e Brasília (-0,13%).

Já o valor do aluguel de salas e conjuntos comerciais registrou alta em todas as localidades monitoradas pelo índice: Salvador (1,99%), Campinas (0,66%), Porto Alegre (0,63%), Florianópolis (0,49%), São Paulo (0,37%), Curitiba (0,33%), Niterói (0,11%), Rio de Janeiro (0,05%), Brasília (0,02%) e Belo Horizonte (0,01%).

Desempenho em 12 meses

Os preços de venda de imóveis comerciais também se mantiveram praticamente estáveis nos últimos 12 meses (-0,02%), em contraste aos preços de locação do segmento, que acumularam uma alta nominal de 4,64% no mesmo período. Ambas as variações se mantiveram abaixo do comportamento do IPCA (7,17%) e o IGP-M/FGV (8,25%).

Nos últimos 12 meses foi observado aumento nos preços de venda dos imóveis comerciais em: Curitiba (11,29%); Florianópolis (2,32%); Niterói (1,53%) e São Paulo (1,13%); contrastando com quedas em: Brasília (-7,02%); Rio de Janeiro (-3,40%); Belo Horizonte (-2,58%); Salvador (-2,41%), Porto Alegre (-0,47%); e Campinas (-0,01%).

Quanto à variação do aluguel comercial nos últimos 12 meses, o aumento ocorre em todas as localidades monitoradas: Florianópolis (9,10%); Curitiba (8,26%); Campinas (6,80%); Brasília (5,17%), Salvador (5,01%); São Paulo (4,89%); Porto Alegre (3,84%); Niterói (3,44%); Rio de Janeiro (3,37%); e Belo Horizonte (2,07%).

Valor do metro quadrado

Em setembro, o valor médio do metro quadrado de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo índice FipeZAP foi de R$ 8.444/m², no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 39,43/m² entre os disponibilizados para locação.

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Considerando todas as 10 cidades monitoradas pelo índice, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.871/m2), quanto para locação desses imóveis (R$ 47,22/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados no último mês foram de R$ 8.884/m² e de R$ 38,88/m², respectivamente.

Rentabilidade do aluguel comercial

Pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda, é possível calcular uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir em imóveis com a finalidade de obter renda com o aluguel. O indicador pode ajudar a avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a alternativas de investimento disponíveis.

Em setembro, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi de 5,74% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais (5,07% ao ano). Mesmo com o avanço, a rentabilidade do aluguel (em ambos segmentos) se manteve abaixo do retorno médio esperado de aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.

Entre as localidades monitoradas, os maiores retornos do aluguel comercial foram: Salvador (8,05% ao ano), Campinas (6,68% ao ano.), Brasília (6,25% ao ano.) e São Paulo (6,01% ao ano.).

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