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Prazo mínimo de LCIs cai para seis meses. O que isso significa para o financiamento imobiliário?

Especialistas do setor veem com bons olhos a mudança, sobretudo frente à pressão sobre a base de financiamento com a queda dos depósitos de poupança

Letras de Crédito Imobiliário: os LCIs ajudam a formar fonte de recursos para o financiamento do setor imobiliário. (Leandro Fonseca/Exame)

Letras de Crédito Imobiliário: os LCIs ajudam a formar fonte de recursos para o financiamento do setor imobiliário. (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 23 de maio de 2025 às 10h54.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu o prazo mínimo de vencimento das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) de nove para seis meses. A medida passa a valer para papéis emitidos sem correção pela inflação.

Os LCIs ajudam a formar fonte de recursos para o financiamento do setor imobiliário. A mudança do prazo passa a vigorar a partir desta sexta-feira, 23, dia de publicação da resolução no Diário Oficial da União.

Como a Caixa quer ampliar o crédito habitacional no país

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) manifestou satisfação à decisão, classificando a medida como um avanço relevante para o fortalecimento do crédito imobiliário no país.

“Ao tornar esses títulos mais flexíveis e aderentes às demandas dos investidores e das instituições financeiras, a iniciativa fortalece a captação de recursos privados para o setor imobiliário, estimula o desenvolvimento do mercado secundário e contribui para a diversificação de fundings para o financiamento habitacional no Brasil”, afirma a associação em nota.

Analistas do Bradesco BBI enxergam a redução do prazo mínimo das LCIs como forma de aumentar o volume de captação no mercado, já que a demanda por esses produtos cresce. Isso aliviaria a pressão sobre a base de financiamento do setor imobiliário frente à queda dos depósitos de poupança.

Segundo dados da própria ABECIP, até abril de 2025, a caderneta de poupança registrou R$ 39 bilhões em saídas líquidas, superando os depósitos.

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