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Paróquia do Perpétuo Socorro e Santa Rosália será mantida no terreno, como uma espécie de fachada ativa (Google Street View/Reprodução)
Repórter de Mercados
Publicado em 23 de agosto de 2025 às 10h04.
Nascida em 2003 com um perfil voltado para a classe média e média alta, de oito anos para cá a MagizLZ passou a investir forte no mercado econômico.
Hoje, 60% do que é produzido pela incorporadora é para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, somando R$ 1,9 bilhão em valor geral de vendas (VGV) lançado este ano, espalhado entre Nova Klabin, Barra Funda e Tietê.
A abertura do leque se deu, sobretudo, pelos incentivos do programa habitacional. Mas isso não significa que a incorporadora desistiu da classe média. “Gostamos muito de construir para a classe média, está no nosso DNA”, afirma Ricardo Zylberman, sócio da MagikLZ.
A incorporadora superou a marca de R$ 1 bilhão em VGV no segmento de médio e alto padrão no primeiro semestre de 2025, com o lançamento com dois lançamentos, um no Brooklin, outro na Vila Mariana.
Zylberman afirma que para conseguir sobreviver no médio padrão são necessários “negócios especiais”. Isso é: condição de venda atrativa para o momento macroeconômico, de juros altos e cenário interno e externo instável.
“É preciso um projeto espetacular num preço de venda espetacular. Mas viabilizamos isso como um sniper. Não dá para ficar construindo muitos projetos dessa forma, porque é difícil viabilizar um terreno”, explica.
Para isso, a MagizLZ tem bala na agulha: um empreendimento na Vila Mascote, num terreno de 5 mil m² adquirido da Igreja Católica, que totaliza mais de R$ 300 milhões de VGV. O lançamento será em outubro e as obras serão iniciadas 12 meses depois.
O terreno onde ficarão as duas as torres residenciais do empreendimento ficava a cúria da Arquidiocese de Santo Amaro. O espaço, que já foi totalmente demolido, funcionava como a estrutura administrativa que organizava e coordenava as ações pastorais, administrativas, e jurídicas da Arquidiocese.
O projeto teve uma aprovação muito mais complexa, já que uma das exigências para a aquisição foi manter a Paróquia do Perpétuo Socorro e Santa Rosália no terreno, junto aos prédios. A paróquia, inclusive, foi onde o padre Marcelo Rossi iniciou seu ministério sacerdotal.
Para a região, que tem escassez de terrenos de qualidade, esse foi um achado.
“Desenvolvemos internamente um sistema de prospecção que usa inteligência artificial para mapear todos os terrenos da cidade. Ao encontrarmos esse terreno, tivemos uma negociação com Arquidiocese de Santo Amaro, que de fato entendia que o local não fazia mais tanto sentido para suas necessidades”, conta.
A MagizLZ auxiliou como facilitadora na procura por um novo terreno para a cúria, que foi para o Grajaú, e topou manter a paróquia como uma espécie de fachada ativa do empreendimento.
No empreendimento, serão cerca de 234 unidades divididas em duas torres, com área média de 83 m² e ticket de R$ 600 mil a R$ 1,5 milhão.