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Ao planejar espaços que permitem a infiltração da água, os responsáveis por empreendimentos contribuem para um ambiente urbano mais resiliente e saudável (Klaus Vedfelt/Getty Images)
Publicado em 7 de maio de 2025 às 16h45.
No ritmo acelerado de expansão urbana, onde o concreto se torna cada vez mais presente na paisagem das cidades, um elemento discreto, mas essencial, vem ganhando destaque: as áreas permeáveis. Embora menos visíveis que edifícios ou espaços públicos, essas áreas desempenham um papel crucial tanto para o equilíbrio ambiental quanto para a viabilidade de novos projetos de construção. Mas afinal, o que são as áreas permeáveis e por que elas são tão determinantes no planejamento urbano? Entenda a importância desses espaços.
Áreas permeáveis são os trechos de um terreno que permitem a infiltração da água da chuva no solo. Ou seja, locais sem cobertura de concreto, asfalto ou outros materiais impermeáveis. Exemplos comuns são jardins, canteiros, gramados e qualquer espaço sem laje ou pavimentação por baixo.
Esse processo de infiltração é importante porque ajuda a água a seguir seu caminho natural, reduzindo o risco de enchentes e alagamentos nas áreas urbanas. Diferente das calçadas e ruas asfaltadas, que bloqueiam essa passagem, as áreas permeáveis aliviam o sistema de drenagem e contribuem para o equilíbrio do ciclo da água.
Em resumo, as áreas permeáveis são essenciais para que a água da chuva volte ao solo de forma segura e natural, evitando acúmulo e problemas maiores com inundações.1. Controle de enchentes e alagamentos
Em cidades cada vez mais asfaltadas, a água da chuva tem dificuldade para escoar. Sem áreas onde possa infiltrar, ela se acumula e pode causar alagamentos. Ao incluir áreas permeáveis no projeto, é possível reduzir bastante esse risco, tornando o sistema de drenagem urbana mais eficiente.
2. Recarga dos lençóis freáticos e preservação ambiental
A água que infiltra no solo ajuda a abastecer os aquíferos subterrâneos, que são fontes importantes de água potável para as cidades. Isso não só preserva o meio ambiente como também contribui para a sustentabilidade a longo prazo. Em tempos de escassez hídrica, esse papel é ainda mais relevante.
3. Exigência legal para liberação de obras
A maioria dos municípios define uma taxa mínima de permeabilidade que deve ser respeitada em qualquer novo projeto. Essa taxa varia conforme o tipo de zoneamento, mas sempre determina uma porcentagem mínima do terreno que precisa permanecer livre de construção ou pavimentação rígida. Ignorar essa regra pode fazer com que o projeto seja barrado, impedindo o início da obra.
A taxa de permeabilidade não funciona sozinha — ela se conecta com outros indicadores importantes, como a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento. Todos esses parâmetros ajudam a definir como o terreno será utilizado de forma equilibrada, sem comprometer a infraestrutura da cidade e a qualidade de vida das pessoas.
Manter áreas permeáveis vai além de cumprir uma regra. Elas ajudam a tornar as cidades mais verdes, frescas e agradáveis. Diminuem o efeito das ilhas de calor, aumentam a presença de vegetação e favorecem a biodiversidade. Ou seja, são também uma forma de cuidar da saúde da cidade — e de quem vive nela.
Em um cenário urbano cada vez mais dominado pelo concreto, reservar espaços para a natureza é uma das decisões mais inteligentes para garantir qualidade de vida e sustentabilidade.As áreas permeáveis são parte essencial de qualquer planejamento urbano que queira ser eficiente e sustentável. Elas ajudam a prevenir enchentes, colaboram com o equilíbrio ambiental e ainda são exigência legal para aprovar projetos de construção.
Mais do que uma formalidade, respeitar a permeabilidade é assumir um compromisso com o futuro das cidades. Ao planejar espaços que permitem a infiltração da água, os responsáveis por empreendimentos contribuem para um ambiente urbano mais resiliente e saudável. Entender o papel dessas áreas é essencial para quem deseja construir com responsabilidade — e ver seu projeto aprovado com tranquilidade.