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Construção de edifícios na Avenida Rebouças: zona de verticalização [imagem ilustrativa] (Eduardo Frazão/Exame)
Repórter de Mercados
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 16h01.
Última atualização em 11 de novembro de 2025 às 16h48.
O ASA, instituição financeira fundada por Alberto Safra, anunciou a compra de um terreno de mais de 8 mil metros quadrados na Avenida Rebouças, em São Paulo. O local vai receber um edifício corporativo de mais de 200 metros de altura, que deve figurar entre os mais altos da cidade.
Para efeito de comparação, o Biosquare, prédio pré-locado pela Amazon na mesma avenida, vai ter cerca de 130 metros e 25 andares.
Terreno que a ASA comprou da One Innovation, na Avenida Rebouças, São Paulo (Google Maps/Reprodução)
Além de se tornar a nova sede do ASA, o novo edifício também terá lajes comerciais de alto padrão, destinadas à locação para empresas. A operação faz parte da estratégia do grupo de ampliar sua presença no setor imobiliário, por meio da aquisição de ativos em áreas valorizadas de grandes centros urbanos.
A Rebouças estreou no mercado corporativo em 2022, após a mudança no plano diretor que permitiu a construção de edifícios de uso misto, dando início ao seu desenvolvimento acelerado. Por isso a vacância da região vem diminuindo, e o preço médio de aluguel subindo — chegando a R$ 180 no terceiro trimestre de 2025, segundo estudo da JLL.
Apesar da demanda, a oferta na avenida ainda é baixa. No pipeline, ainda segundo a JLL, há apenas dois novos edifícios para serem entregues entre 2026 e 2027, somando 45,2 mil metros quadrados. Um dos novos empreendimentos é justamente o Biosquare, já totalmente pré-locado pela gigante de tecnologia.
Já o edifício da ASA ainda não tem data para ser entregue, mas, quando isso acontecer, adicionará mais uns bons metros quadrados à oferta. Afinal, o projeto prevê mais de 80 mil metros quadrados de área construída, destacando-se entre os empreendimentos em desenvolvimento na Rebouças.
“O terreno pertencia a outra incorporadora que comprou vários terrenos no local e desistiu do desenvolvimento. Estávamos procurando há dois anos um terreno nessa região e a aquisição reflete a nossa visão de longo prazo e a confiança no dinamismo do mercado imobiliário corporativo de São Paulo”, disse Daniel Cherman, líder de investimentos imobiliários do ASA.
A incorporadora em questão é a One Innovation que planejava a construção duas torres de 60 andares no terreno de 8 mil metros quadrados, que à época, demandou a aquisição de 26 casas ao longo de três anos de negociações. Em entrevista à EXAME, quando ainda detinham a área, o vice-presidente da incorporadora afirmou que, em média, o valor oferecido pelas casas foi 25% superior à avaliação.

Atualmente, o ASA ocupa dois prédios comerciais em São Paulo, ambos na Alameda Santos.
Fundado em 2020 por Alberto Safra como uma gestora de fundos, o ASA se transformou em uma instituição financeira a partir de aquisições e expansão orgânica. A construção da nova sede marca mais um passo nesse movimento de crescimento — agora ancorado também no mercado imobiliário corporativo.