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O condomínio pode impedir que crianças andem desacompanhadas por áreas comuns?

Regras condominiais têm amparo legal para restringir circulação de menores sem supervisão, mas responsabilidade permanece com os pais

Condomínios que estabelecem regras claras e pais que as seguem criam um ambiente onde as crianças podem crescer com liberdade, mas também com a proteção que merecem

Condomínios que estabelecem regras claras e pais que as seguem criam um ambiente onde as crianças podem crescer com liberdade, mas também com a proteção que merecem

Publicado em 10 de junho de 2025 às 15h34.

Imagine a cena: uma criança de 8 anos brincando sozinha na piscina do condomínio enquanto os pais assistem TV no apartamento. O que parece uma situação corriqueira pode gerar dores de cabeça jurídicas e colocar vidas em risco. A questão sobre supervisão infantil em áreas comuns divide opiniões entre moradores, mas a legislação brasileira oferece diretrizes claras sobre o assunto.

Crianças menores de 16 anos são consideradas absolutamente incapazes para atos da vida civil, segundo o Código Civil. Na prática, isso significa que elas precisam de um adulto por perto, especialmente em situações que podem oferecer riscos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente vai na mesma direção. Estabelece que é dever da família garantir a segurança dos pequenos. Deixar uma criança sozinha na piscina ou no playground pode ser interpretado como negligência pelos pais. E as consequências disso vão muito além de uma simples advertência.

Quem responde quando algo dá errado?

Aqui mora o ponto central da questão. Se acontecer algum acidente com uma criança desacompanhada, quem vai responder por isso? A resposta é clara: os pais ou responsáveis legais. O poder familiar não é apenas um conceito jurídico bonito, mas sim uma responsabilidade concreta que se estende a todos os lugares onde a criança estiver.

Mesmo dentro do condomínio, em áreas que deveriam ser seguras, os pais continuam sendo os principais responsáveis pela segurança dos filhos. Claro que existem exceções. Se o acidente acontecer por falha na manutenção do condomínio — como um brinquedo quebrado no playground ou um piso escorregadio —, a responsabilidade recai sobre o condomínio, e o síndico, como gestor, pode ser responsabilizado pessoalmente em caso de negligência.

A Constituição Federal (em seu artigo 227) fecha esse círculo de proteção ao estabelecer que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança o direito à vida, à saúde e à segurança, com absoluta prioridade. Isso cria uma base sólida para que condomínios possam, sim, estabelecer suas próprias regras sobre circulação de menores.

O que os pais podem fazer na prática?

Supervisionar não significa ficar grudado na criança 24 horas por dia. Significa estar presente nos momentos que realmente importam e preparar os filhos para situações do dia a dia. Uma conversa sobre os perigos do elevador ou sobre como se comportar na piscina pode evitar problemas futuros.

Para crianças menores de 10 anos, o acompanhamento constante em certas áreas é quase obrigatório. Piscina, academia, garagem e até mesmo o playground merecem atenção especial.

Quando a criança precisar sair com outras pessoas, a comunicação com a portaria vira algo fundamental. Uma autorização simples, com nome e documento da pessoa responsável, evita constrangimentos e garante tranquilidade para todos. Parece burocrático, mas pode salvar vidas.

Como o condomínio deve se posicionar?

Todo condomínio tem o direito de criar suas próprias regras. Mas essas normas precisam estar escritas no regimento interno e aprovadas em assembleia. Não é o síndico ou o zelador que decide sozinho. É uma decisão coletiva dos moradores.

A maioria dos condomínios estabelece os 10 anos como idade mínima para circulação desacompanhada. Alguns são mais rigorosos, outros mais flexíveis. O importante é que todos saibam qual é a regra e a respeitem. Áreas como piscina e academia costumam ter restrições ainda maiores. Placas informativas espalhadas pelo condomínio ajudam a deixar as regras claras para todos.

Os funcionários também precisam saber como lidar com essas situações. Uma abordagem educativa e respeitosa com os pais funciona muito melhor que confrontos diretos. O objetivo é manter a harmonia sem abrir mão da segurança.

No final das contas, tudo gira em torno do bom senso. Condomínios que estabelecem regras claras e pais que as seguem criam um ambiente onde as crianças podem crescer com liberdade, mas também com a proteção que merecem.

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