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Nova York? Não, Sinop. World Trade Center lança torre de R$ 6 bi no Mato Grosso

O empreendimento deve ficar pronto no final de 2029 e vai ficar localizado em um complexo cujo custo de obras estimado é de R$ 1,5 bilhão

Projeto do World Trade Center em Sinop, Mato Grosso, feito pela Haacke (Haacke/Divulgação)

Projeto do World Trade Center em Sinop, Mato Grosso, feito pela Haacke (Haacke/Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 3 de julho de 2025 às 06h00.

Última atualização em 3 de julho de 2025 às 16h12.

Uma cidade no interior do Mato Grosso está prestes a ganhar um empreendimento homônimo ao World Trade Center — conhecido como as icônicas torres gêmeas, em Nova York, que entraram de forma trágica para a história, após o atentado que derrubou os prédios em 2001. Desde então, construções licenciadas pela marca pipocam pelo mundo inteiro, de Dubai a Tóquio. E, agora, também em Sinop, cidade com população estimada em 216 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desenvolvido pela Haacke Empreendimentos, o WTC de MT vai ficar dentro de um complexo cujo custo de obras estimado é de R$ 1,5 bilhão. Já o VGV (valor geral de vendas) do complexo pode chegar a R$ 6 bilhões. O empreendimento deve ser entregue no final de 2029, contendo 28 andares. Ao redor, mais nove devem ser construídos — estes não licenciados pela marca novaiorquina — variando entre 20 e 25 andares.

O tamanho da torre principal foi limitado pelo plano diretor da cidade. Em Nova York, as torres originais tinham 110 andares.

Apesar de menores, o tamanho ainda é significativo, para uma cidade do porte de Sinop, a quarta maior do Mato Grosso e com crescimento populacional de 70% nos últimos 10 anos.

Para comportar tantos habitantes que chegam à cidade mato-grossense, cada uma das torres terá cerca de 30 mil metros quadrados de área construída, com o preço do metro quadrado estimado em R$ 18 mil.

O processo de convencimento da marca World Trade Center pela Haacke começou ainda antes da pandemia, entre 2019 e 2020.

“Na época, fiz um comparativo para eles. Disse que, para o mercado financeiro, eles têm Nova York.  Para o setor logístico, a China. Para o setor do petróleo, Abu Dhabi. Mas, afinal, onde estava o WTC da matriz energética mais importante do planeta, que é o alimento?”, afirma o diretor comercial Douglas Haacke à EXAME.

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de Sinop em 2022 era de R$ 2,5 milhões, colocando a cidade entre as 100 mais ricas do agronegócio brasileiro.

Mas o complexo de quase 37 mil metros quadrados não se limita a escritórios que visam atender o agro. Ele também vai integrar torres residenciais e serviços.

“Não estamos entregando apenas salas comerciais, mas um conceito de cidade inteligente, alinhado ao DNA de Sinop”, explica Haacke.

Por se tratar de um licenciamento, a aprovação prévia da matriz foi exigida. Entre os diferenciais, destaca-se um restaurante panorâmico no rooftop e uma infraestrutura que atende às necessidades do fluxo de profissionais e empresas ligadas ao agronegócio.

Com sede em Balneário Camboriú, a Haacke já entregou 18 empreendimentos e possui mais de 12 projetos em andamento. Recentemente, expandiu sua presença para Barra Velha, em Santa Catarina, e em Sinop e Sorriso, no Mato Grosso.

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