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Loft capta mais US$ 100 milhões e já vale quase US$ 3 bilhões

Nova injeção de capital é um complemento da rodada de Série D anunciada pela startup no mês passado

Loft: empresa comandada por Mate Pencz e Florian Hagenbuch recebeu uma nova injeção de capital (Germano Lüders/Exame)

Loft: empresa comandada por Mate Pencz e Florian Hagenbuch recebeu uma nova injeção de capital (Germano Lüders/Exame)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 22 de abril de 2021 às 14h10.

Última atualização em 8 de junho de 2021 às 11h18.

A Loft, principal startup brasileira do setor imobiliário, levantou mais 100 milhões de dólares como complemento de uma rodada de investimento de Série D realizada há um mês. O valor faz com que a empresa aumente seu valor de mercado de 2,2 bilhões para 2,9 bilhões de dólares — algo em torno de 15,9 bilhões de reais em conversão direta.

A EXAME já havia antecipado com exclusividade que o investimento de 425 milhões de dólares recebido pela companhia no fim de março poderia ser ampliado. A cifra adicional faz parte de um aporte liderado pela gestora de investimentos Baillie Gifford e conta com a presença de investidores já presentes no negócio.

Apesar do novo investimento, a Loft continua na terceira posição entre os unicórnios — startups que valem mais de 1 bilhão de dólares — mais valorizados do país. A Nubank lidera a lista com valor de mercado superior a 25 bilhões de dólares, enquanto a desenvolvedora de jogos Wildlife aparece na segunda posição com valuation de 3 bilhões de dólares.

Com o novo aporte, a Loft se aproxima dos 800 milhões de dólares recebidos em investimentos. Foram feitas quatro rodadas de captação desde a fundação da startup, no começo de 2018. Entre os investidores estão fundos como Andreessen Horowitz, DST Global, Vulcan Capital, Tiger Global, D1 Capital Partners, Altimeter Capital, GIC, CPP.

Quando planejou sua rodada de captação de Série D, a empresa estipulou que o dinheiro injetado na operação já teria pelo menos dois destinos definidos. Parte da cifra seria utilizada para fortalecer a infraestrutura transacional, principalmente com investimentos em análise de dados. Outro investimento seria feito para melhorar a experiência do usuário, comprador ou vendedor, dentro da plataforma.

“O cliente passou a exigir um padrão de excelência maior e quem quiser ser líder de mercado vai precisar ter uma experiência digital transparente e eficiente”, disse Mate Pencz, cofundador da empresa ao lado de Florian Hagenbuch, em entrevista para a EXAME. Além da dupla, a Loft ainda conta com o empresário João Vianna entre os fundadores.

Com pouco mais de três anos de existência, a proptech se consolidou como uma das principais empresas do setor imobiliário no Brasil. Pelo menos na nova geração, em que compete diretamente contra outro unicórnio, a QuintoAndar. A startup nasceu comprando e vendendo imóveis de determinados bairros de São Paulo pela internet. Depois, expandiu o negócio para um marketplace.

Ao todo, a plataforma da Loft já opera com mais de 13.000 imóveis cadastrados e a empresa passou a investir em outros segmentos do mercado imobiliário. Nos últimos meses, a companhia realizou diversas aquisições, entre elas a da Uotel — que depois passou a se chamar Nomah —, dando indícios da intenção de explorar o mercado de locação residencial.

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