Casas de interior: casas de rua ou de condomínio foram as mais buscadas pelos compradores (wsfurlan/Getty Images)
Repórter de Invest
Publicado em 12 de maio de 2024 às 08h22.
Os imóveis usados foram os mais procurados pelos compradores em 2023, com 78% dos interessados buscando esse tipo de propriedade. Os dados são do 2º Anuário do DataZap, do grupo OLX, que ouviu 2,7 mil pessoas, em todas as regiões do País, para entender o perfil e as preferências do brasileiro que quer adquirir um imóvel.
A opção por imóveis usados está atrelada a alguns fatores como tamanho, quantidade de dormitórios e vaga de garagem – considerando que imóveis mais antigos, especialmente apartamentos, costumam ter maior metragem. O grande diferencial, no entanto, é a localização.
“Imóveis em boas condições e em regiões seguras, que oferecem infraestrutura de comércio, serviços e amplo acesso ao transporte público, são mais procurados”, disse, em nota, Coriolano Lacerda, gerente de inteligência de mercado do Grupo OLX.
A faixa mais procurada foi de imóveis entre 61 a 90 metros quadrados, com 38% das buscas. Aqueles com dois ou três dormitórios empatam tecnicamente nas buscas, em 58%. E os preferidos são os com pelo menos uma vaga de garagem, opção de 51% dos respondentes.
No geral, as casas de rua ou condomínio foram mais buscadas que apartamentos, com uma porcentagem de 49% contra 38%. Mas para os moradores das capitais, os prédios foram os mais procurados (52%).
Na hora de comprar, 50% dos entrevistados tinha a intenção de financiar o imóvel. Outros 44% buscavam opções enquadradas em programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida. Já os outros 40% tem intenção de pagar à vista.
O perfil dos compradores é em maior parte mulher (54%), com destaque para a faixa etária dos 40 aos 59 anos, a geração X, que compõe mais da metade do grupo, com 52% dos entrevistados.
Quando o assunto é estado civil, 63% deles são casados, moram junto com o parceiro ou têm união estável, e sete em cada 10 têm filhos. O anuário mostra também que 59% pertencem à classe B, cuja renda domiciliar mensal tem mediana de R$ 7,2 mil.
O estudo ainda mapeou a presença de pets nos lares. Entre os entrevistados, 62% têm animais – sendo 49% cães e 21% gatos.