Economia

Imóveis comerciais perdem valor no eixo Rio-SP

No segundo trimestre deste ano, o IGMI-C apresentou variação total 2,21%


	Shopping: no segundo trimestre deste ano, o IGMI-C apresentou variação total 2,21%
 (Divulgação/BoaVista Shopping)

Shopping: no segundo trimestre deste ano, o IGMI-C apresentou variação total 2,21% (Divulgação/BoaVista Shopping)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 17h00.

O desaquecimento da economia já se reflete na desvalorização de imóveis comerciais principalmente por causa da queda de demanda nas lojas de shoppings centers no eixo Rio-São Paulo.

É o que aponta a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em torno do Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C).

No segundo trimestre deste ano, o IGMI-C apresentou variação total 2,21%, que é a soma da taxa de retorno do capital (-0,01%) com a taxa de retorno da renda (2,22%).

Embora o resultado absoluto tenha sido praticamente o mesmo do primeiro trimestre (2,2%), ele embute a primeira queda na taxa de retorno do capital (medida que demonstra o comportamento do mercado em relação à evolução patrimonial) desde o início da pesquisa, no ano 2000.

O levantamento por amostragem inclui a coleta de informações sobre 529 imóveis comerciais do país como hotéis, galpões industriais, escritórios, lojas em shoppings centers.

Comparado ao mesmo período do ano passado, a taxa de retorno do capital ficou em 0,62% e da renda 8,76%, inferiores ao apurado no primeiro trimestre com 1,3% em relação ao capital e de 8,8% sobre a renda.

O coordenador da pesquisa, Paulo Picchetti, disse que a crise econômica vem provocando impactos em cadeia com menos clientes nas lojas, menor procura por locações para escritórios , e, principalmente, por queda de preços dos aluguéis em shoppins centers. Esta é uma situação que se verifica em especial no eixo Rio- São Paulo.

Para o economista, a reversão desse quadro depende da retomada do crescimento econômico do país, uma situação “ainda incerta e que vai demorar”. Picchetti destacou que para uma previsão mais efetiva da volta das atividades é necessário saber os rumos da condução política.

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