Mercado Imobiliário

Especulômetro EXAME-Loft: compra de imóvel tem cenário favorável

Maioria dos bairros da pesquisa em São Paulo apresenta estabilidade no preço do metro quadrado; veja as diferenças do valor do anúncio para o de venda

Compra de imóvel requer análise da situação de mercado: índice EXAME-Loft amplia transparência sobre preços | Foto: Getty Images (Krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Compra de imóvel requer análise da situação de mercado: índice EXAME-Loft amplia transparência sobre preços | Foto: Getty Images (Krisanapong detraphiphat/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 08h40.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 08h41.

O mercado imobiliário continua receptivo para quem quer comprar um imóvel, ao menos do ponto de vista de preços. É o que revela a mais nova edição do Índice Especulômetro EXAME-Loft, com dados da cidade de São Paulo, o maior mercado do país.

Dos dez bairros que fazem parte da amostra na capital paulista, que concentram imóveis de médio e alto padrão, nove apresentaram estabilidade de preço no metro quadrado no trimestre encerrado em novembro. Apenas o bairro do Alto da Lapa registrou tendência de alta -- dois períodos seguidos de aumento dos preços, sendo de 5,9% em outubro.

"A situação está favorável em boa parte da cidade para quem quer comprar. Apenas no Alto da Lapa houve aumento considerável em seguidos meses no valor transacionado", afirmou Daniel Scalli, diretor de Engenharia e Data Science da Loft, à EXAME Invest.

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"Em outras áreas da cidade, como Paraíso e Campo Belo, verificamos até redução pontual no preço, que precisamos acompanhar nos próximos meses para nos certificar de que seja algo duradouro", disse Scalli.

O potencial comprador deve levar em conta na decisão também as taxas de juros do crédito habitacional caso decida financiar um imóvel. Os juros começaram a subir no segundo semestre de 2021, acompanhando a alta da taxa básica, a Selic.

Veja a seguir os preços médios do metro quadrado nas transações concluídas e registradas em cartório:

Índice Especulômetro EXAME-Loft

Índice Especulômetro EXAME-Loft: preço médio do metro quadrados em bairros de São Paulo no trimestre encerrado em novembro de 2021 | Imagem: Arte/EXAME (Arte/Exame)

O índice também revelou direções opostas na diferença entre o valor anunciado para a venda de um imóvel e o efetivamente acertado para a transação, com registro em cartório: quatro bairros (Alto da Lapa, Itaim Bibi, Vila Mariana e Vila Olímpia) apresentaram tendência de queda na diferença, enquanto outros quatro (Campo Belo, Paraíso, Vila Leopoldina e Vila Nova Conceição) estavam com tendência de aumento.

Essa informação, que dá origem ao nome especulômetro, é relevante porque sinaliza o quanto pode se arrastar uma eventual negociação de preço entre vendedor e comprador pode levar. Quanto maior a diferença, em tese mais demorada a negociação.

O objetivo do indicador é levar informação para todas as partes envolvidas, ampliando a transparência do mercado e reduzindo a chamada assimetria de informações. Isso permite uma negociação de valores mais prática, poupando tempo e dinheiro das duas partes.

Veja a seguir as diferenças percentuais apontadas pelo Especulômetro EXAME-Loft:

Índice Especulômetro EXAME-Loft

Índice Especulômetro EXAME-Loft: veja as diferenças entre o preço de anúncio e o de fechamento de contrato na venda de imóvel em São Paulo no trimestre encerrado em novembro de 2021 | Imagem: Arte/EXAME (Arte/Exame)

O indicador Especulômetro é resultado de uma parceria da EXAME com a Loft, uma das principais startups dedicadas ao mercado de imóveis no país e uma das líderes em compra e venda com sua plataforma digital.

O indicador considera uma tendência quando há variações em dois períodos seguidos na mesma direção (duas altas, por exemplo), das quais uma ao menos da ordem de 5%. Ou quando há uma variação de 10% em um período.

Entenda a metodologia

O Especulômetro mede a diferença percentual por meio de uma ferramenta de precificação desenvolvida pela Loft. A ferramenta considera mais de 250.000 imóveis de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte que registraram alguma transação nos últimos dez anos. 

São levados em conta para os cálculos os preços anunciados em diferentes plataformas digitais do país e os valores de fechamento do contrato entre as partes, registrado em cartório nas matrículas dos imóveis.

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