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Em IPO reverso, incorporadora BRZ chega à B3; entenda

Em fato relevante, as companhias divulgaram uma combinação de seus negócios

BRZ divulgou memorando avaliando uma combinação de negócios e unificação de bases acionárias com a Fica (Instagram/BRZ/Reprodução)

BRZ divulgou memorando avaliando uma combinação de negócios e unificação de bases acionárias com a Fica (Instagram/BRZ/Reprodução)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 08h46.

Vindo de uma trajetória de tentativas frustradas de abrir capital, a incorporadora mineira BRZ tinha ainda uma última carta na manga para entrar na bolsa brasileira: a combinação de seus negócios com a carioca Fica, listada na bolsa desde 2007. Em fato relevante, as companhias divulgaram o que é também conhecido como IPO reverso.

Elas divulgaram um Memorando de Entendimentos (MOU) avaliando uma combinação de negócios e unificação das bases acionárias.

Pela proposta, a nova companhia resultante terá 85% de participação da BRZ e 15% da Fica, será listada na B3 com um novo ticker e manterá o nome, identidade e cultura da BRZ. Segundo a incorporadora mineira, esse é um caminho mais ágil para a entrada no mercado de capitais, ao utilizar a estrutura de uma empresa já listada, reconhecida por suas práticas de governança, e sem a necessidade de um IPO tradicional.

A Fica traz para a transação mais de 15 anos de experiência no mercado, um patrimônio líquido de R$ 78 milhões, sem grandes dívidas e um terreno de 2,9 milhões de metros quadrados no Rio de Janeiro, que atualmente é mantido como reserva de valor.

“A nova companhia será, na essência e na marca, a BRZ, agora com estrutura de companhia aberta e maior capacidade de gerar valor”, afirma Marcelo Tolentino, presidente do conselho de administração da BRZ.

Alexandre Coelho, presidente do conselho de administração da Fica, celebra a excelência operacional da BRZ no programa Minha Casa, Minha Vida. “Além disso, ela é o operador ideal para extrair valor do terreno de 2,9 milhões de metros quadrados da Fica no Rio de Janeiro”, completa.

Presente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a mineira registrou receita líquida de R$ 1,05 bilhão e entregou seu 100º empreendimento em 2024. No primeiro trimestre de 2025, lançou R$ 511 milhões em VGV e encerrou o trimestre com um caixa de R$ 422 milhões.

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