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Em bom momento para habitação popular, Tenda registra lucro trimestral recorde

A construtora surfa no bom momento do mercado de baixa renda e registra lucro líquido de R$ 85,5 milhões no primeiro trimestre do ano

No primeiro trimestre de 2025, a construtora surfa no bom momento do mercado de baixa renda com lucro líquido de R$ 85,5 milhões (Germano Lüders/Exame)

No primeiro trimestre de 2025, a construtora surfa no bom momento do mercado de baixa renda com lucro líquido de R$ 85,5 milhões (Germano Lüders/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 9 de maio de 2025 às 07h53.

Enfrentando dificuldades no pós-pandemia, com alta do custo das obras que minou o caixa da companhia, a Tenda (TEND3) enfim voltou a crescer de forma sólida em 2024, voltando a fechar no azul.

No primeiro trimestre de 2025, a construtora surfa no bom momento do mercado de baixa renda com lucro líquido de R$ 85,5 milhões, aumento de mais de 300% na comparação com o trimestre anterior.

O lucro acima considera a operação de Tenda com a Alea, modelo de negócio da construtora que se dedica à construção de casas pré-fabricadas. Embora a Tenda tenha tido um lucro de R$ 104,9 milhões, Alea registrou prejuízo de R$ 19,4 milhões.

A receita líquida foi de R$ 865,2 milhões no consolidado do trimestre, aumentos de 16,2% e 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e quarto trimestre, respectivamente.

Luiz Mauricio de Garcia Paula, CFO da Tenda, comemora os recordes registrados neste início de ano. Além do lucro líquido, houve também recorde de lançamentos e vendas para um primeiro trimestre. Foram 13 empreendimentos lançados no consolidado, no valor de R$ 914,5 milhões. De vendas líquidas, a companhia registrou no trimestre R$ 1 bilhão.

“O segmento de habitação popular permite que tragamos mais volume, sobretudo com o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida crescendo no Brasil”, afirma. O bom momento, segundo Garcia Paulo, reflete não só no volume, como também na eficiência operacional, sendo o grande trunfo da construtora para o trimestre.

A geração de caixa operacional consolidada, com Tenda e Alea, foi negativa, com queima de R$ 3,5 milhões devido a fatores não recorrentes.

Desconsiderando efeitos da mudança de critério da Caixa e dos cheques nos estados do Ceará e Rio Grande do Sul, a geração de caixa operacional de Tenda, que foi de apenas R$ 3,6 milhões, seria de R$ 91,6 milhões no trimestre.

Na Alea, foi registrado o consumo de caixa de R$ 7,1 milhões, beneficiado pelo efeito líquido do aumento de capital da GK Partners, no valor de R$ 33 milhões.

Bom momento para a habitação popular

Neste ano foi aprovada a criação da faixa 4 no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A nova faixa passa a atender famílias de classe média, com renda entre R$ 8,6 mil até R$ 12 mil por mês.

Posteriormente, foram aprovados também reajustes da renda nas faixas 1, 2 e 3. O aumento foi de R$ 210 na faixa 1, R$ 300 na faixa 2 e de R$ 600 na faixa 3.

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