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À frente da matchpoint, fundada em 2018, Julia Botelho gerencia mais de R$ 2,7 bilhões em ativos e 1 milhão de metros quadrados de imóveis. (matchpoint/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 2 de novembro de 2025 às 06h00.
À frente da matchpoint, fundada em 2018, Julia Botelho gerencia mais de R$ 2,7 bilhões em ativos e 1 milhão de metros quadrados de imóveis. Com um crescimento acelerado desde sua fundação, a empresa tem metas ousadas para os próximos anos: aumentar em 30% o volume de transações e dobrar o número de imóveis sob gestão até 2030.
Para alcançar esses objetivos, a matchpoint planeja expandir sua atuação para novas regiões do Brasil e aumentar sua base de clientes, com a meta de superar 50 famílias e investidores institucionais até o final da década.
Essa empresa arrenda terras férteis — e o aluguel é pago em sacas de soja
Julia, que passou 16 anos na consultoria imobiliária JLL, onde chegou à diretoria e liderou a área responsável pelos escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, decidiu abrir sua própria empresa após perceber uma lacuna no mercado.
Com um olhar atento para o mercado e uma visão de quem cresceu em uma família patrimonialista, Julia percebeu que, enquanto essas famílias costumam ter contadores especializados para cuidar do dinheiro, o mesmo não acontecia com seus imóveis.
“Normalmente, é um cunhado ou um irmão que administra, sem grande especialidade. Foi aí que percebi a importância de existir empresas que atendam essas famílias na questão do tijolo”, afirma.
A matchpoint oferece desde a gestão operacional, como emissão de boletos, cobranças e seguros, até soluções estratégicas como manutenção, readequação e retrofit. A empresa se dedica a encontrar a melhor finalidade para cada ativo imobiliário, com o objetivo de tornar a carteira de cada família o mais rentável possível.
Conquistar a confiança de seus clientes foi um dos principais desafios que Julia enfrentou. Afinal, ativos imobiliários costumam carregar muita memória e apego. Nesse contexto, o jogo de cintura é fundamental para conquistar seus clientes que, acima de tudo, enfrentam questões emocionais importantes relacionadas aos imóveis.
Por isso, Julia entrou de cabeça em todos os processos, topando administrar todos os imóveis das famílias, independentemente de onde estivessem localizados. A empresa já atendeu desde uma fazenda de 60 mil metros quadrados em Canavieiras, na Bahia, até um prédio inteiro no bairro dos Jardins, na capital paulista, com 13 andares, 8 apartamentos e 5 plantas diferentes.
Hoje, a empresa atende 25 famílias e possui mais de 300 imóveis sob gestão.
O processo de gestão na matchpoint começa com uma análise detalhada de cada imóvel e contrato de locação, sempre visando maximizar a rentabilidade. Mas enquanto essa análise técnica é feita, Julia também desempenha um papel crucial ao lidar com as questões emocionais e conflitos familiares que surgem ao longo do processo.
“Teve uma venda que fiz, há muitos anos, a gestão de um imóvel no centro de São Paulo. Aproximadamente 20 familiares estavam envolvidos, divididos em 3 núcleos. Durou mais de um ano todo o processo de venda, e eu recebia ligações de vários deles 'atacando' o outro. E eu no meio intermediando, colocando panos quentes. No dia da escritura, tivemos que separar a família! Cada núcleo ficou num andar do prédio e o escrevente que se moveu até elas”, conta.