No acumulado de 2025, os lançamentos da Cury somaram R$ 4,6 bilhões, com um aumento de 45,6%, distribuídos em 23 novos projetos.
O preço médio dos imóveis vendidos pela incorporadora teve um aumento de 2,7% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 309,7 mil. Com a inclusão da nova faixa 4 do MCMV, a Cury obteve 92,8% de suas vendas dentro do programa.
O índice de vendas sobre oferta (VSO) no segundo trimestre apresentou uma queda de três pontos percentuais, indo para 47,5%. Já a VSO acumulada nos últimos 12 meses até junho teve uma redução de 0,8 ponto, totalizando 74,3%.
Os distratos da companhia aumentaram 33,7% em volume, somando R$ 236,6 milhões. Ao fim de junho, o estoque da Cury era avaliado em R$ 2,5 bilhões, o que representa um crescimento de 45,8% em relação ao ano anterior. A expectativa é que esse estoque seja reduzido até o final de 2025, em função de um semestre mais forte em lançamentos.
A Cury possui um banco de terrenos avaliado em R$ 21,1 bilhões, um aumento de 20% em relação a junho de 2024.
Expectativa
Em conversa recente com analistas do Santander, Ronaldo Cury, diretor de relações com investidores e de crédito imobiliário da Cury, disse que a companhia está disposta a lançar mais R$ 8,5 bilhões em 2025 e tem como meta alcançar R$ 10 bilhões até 2027, com foco em São Paulo e Rio.
A empresa se beneficia de um bom ambiente financeiro, com orçamento FGTS robusto e discussões para expandir os recursos do faixa 4 para 2026.
A estratégia de longo prazo da Cury inclui a meta de vender 30 mil unidades por ano até 2027. Além disso, a empresa planeja lançar mais projetos, antecipando três inicialmente programados para 2026. A Cury espera manter margens brutas em torno de 39% devido a mudanças no programa MCMV e à inflação moderada.
A empresa também está investindo em inovação e eficiência operacional para sustentar o crescimento. Entre as iniciativas estão a construção enxuta, a compra de novos equipamentos e a expansão da divisão Cury Install.
Apesar de desafios no mercado de trabalho, Cury não vê riscos significativos em relação à disponibilidade de mão de obra.