Economia

Crescimento chinês estabilizando, pode precisar de estímulo

Sinais de mais deterioração no mercado imobiliário indicam que novo suporte de política pode ainda ser necessário


	Economia chinesa: setor imobiliário responde por mais de 15 por cento da produção da China
 (Jerome Favre/Bloomberg)

Economia chinesa: setor imobiliário responde por mais de 15 por cento da produção da China (Jerome Favre/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 08h18.

Pequim - A economia da China mostrou alguns sinais de estabilização em maio uma vez que o governo apresentou mais medidas de estímulo para evitar uma desaceleração forte, mas sinais de mais deterioração no mercado imobiliário indicam que novo suporte de política pode ainda ser necessário.

Uma vez que o setor imobiliário responde por mais de 15 por cento da produção da China, um declínio prolongado ou mais abrupto deve influenciar o tamanho da desaceleração da segunda maior economia do mundo, afetando a meta de crescimento de 7,5 por cento de Pequim para o ano.

Ainda assim, os líderes estão relutantes em apresentar uma forte ajuda como o estímulo de 4 trilhões de iuanes (640 bilhões de dólares) implementado durante a crise global de 2008/09, que deixou os governos locais com forte dívida. Em vez disso, têm adotado uma série de medidas mais modestas nos últimos meses.

A produção industrial avançou 8,8 por cento em maio ante o ano anterior, em linha com as expectativas do mercado e melhorando ligeiramente ante os 8,7 por cento de abril, de acordo com dados nesta sexta-feira.

Já as vendas no varejo, importante medida de consumo, cresceram 12,5 por cento, ritmo mais rápido desde dezembro e superando as expectativas do mercado. O investimento, entretanto, continuou a patinar.

O investimento em ativo fixo cresceu 17,2 por cento nos cinco primeiros meses de 2014 ante o ano anterior, ritmo mais fraco desde que o governo iniciou um novo método estatístico em 2011, embora ligeiramente acima das estimativas.

O investimento imobiliário, que afeta mais de 40 outros setores, subiu 14,7 por cento entre janeiro e maio, queda ante os 16,4 por cento nos quatro primeiros meses.

A construção recém-iniciada de propriedades caiu 18,6 por cento nos cinco primeiros meses ante o mesmo período do ano anterior, quarto período de declínio.

Analistas preveem que o pior ainda está por vir.

"A tendência de desaceleração do crescimento do investimento imobiliário deve continuar nos próximos meses já que mais e mais compradores de casas ficam à margem", disse Tang Jianwei, economista do Bank of Communications.

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