Multas têm valores diferentes a depender da penalidade aplicada (Orathai Mayer / EyeEm/Getty Images)
Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 11h52.
Para morar em um condomínio é preciso cumprir com as regras definidas pela convenção e pelo regimento interno. Quando há descumprimento das mesmas, o local pode aplicar multas nos moradores como forma de penalidade.
Saber como essas multas funcionam, os direitos e os limites impostos pela lei é essencial para evitar conflitos e garantir a convivência harmoniosa entre os moradores. Veja as principais causas da penalidade:
Com exceção da multa por atraso da taxa condominial, os valores das penalidades são definido pela convenção do condomínio e podem variar conforme a gravidade da infração. Em geral, adota-se a regra:
É fundamental que o valor da multa seja proporcional à infração e devidamente justificado para evitar abusos. No caso dos atos antissociais, são considerados, entre outros:
Esta responsabilidade geralmente recai sobre o síndico, que é o representante legal do condomínio e tem a função de garantir o cumprimento das regras estabelecidas na convenção condominial e no regimento interno.
No entanto, o processo deve seguir procedimentos claros e transparentes, para evitar conflitos e garantir que os direitos dos moradores sejam respeitados.
Assim como o valor, o prazo do pagamento também varia de acordo com o regimento interno. Geralmente, é estabelecido entre 5 e 30 dias após a notificação.
Caso o pagamento não seja realizado, o valor pode ser incluído na taxa condominial, gerando encargos adicionais por atraso.
Caso considere a multa injusta, o morador pode recorrer da decisão. Para isso, precisa:
Existem diversas infrações que podem acarretar multas para o morador, desde obras fora do horário permitido até vazamentos que podem comprometer a segurança dos demais. De modo geral, as mais comuns são:
A responsabilidade pelo pagamento da multa de condomínio depende da natureza da infração e do que está estabelecido no contrato de locação entre o inquilino e o proprietário.
Em geral, as regras seguem o Código Civil e a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), mas o contrato de aluguel pode especificar condições adicionais.
Se a multa for resultado de um comportamento do inquilino, como barulho excessivo, mau uso das áreas comuns ou descumprimento do regimento interno, a responsabilidade pelo pagamento é do mesmo. Isso porque ele é o causador direto da infração.
Caso a multa seja aplicada por situações que não dependam do comportamento do inquilino, como irregularidades na estrutura do imóvel, reformas não autorizadas ou taxas de inadimplência condominial, a responsabilidade recai sobre o proprietário.
Saber como funcionam as multas de condomínio é essencial para proteger seus direitos e evitar penalidades desnecessárias. Além disso, o entendimento das normas contribui para uma convivência harmoniosa no ambiente coletivo, reduzindo conflitos com vizinhos e administração.
Conhecer os limites da lei também ajuda a identificar abusos por parte do condomínio e a recorrer de multas injustas. Informar-se é o primeiro passo para garantir sua tranquilidade e equilíbrio financeiro enquanto reside em um condomínio.