Patrocínio:
Casa Santa Marta: Localizado ao lado da Basílica de São Pedro, o local foi construído em 1996 durante o papado de João Paulo II (Laurie Chamberlain/Getty Images)
Repórter de Mercado Imobiliário
Publicado em 26 de abril de 2025 às 05h03.
A Domus Sanctae Marthae — ou simplesmente Casa Santa Marta — foi o edifício que abrigou o Papa Francisco por mais de dez anos. Localizado ao lado da Basílica de São Pedro, o local foi construído em 1996 durante o papado de João Paulo II para hospedar clérigos e cardeais, especialmente durante os conclaves.
Ela tornou-se central para a vida do Vaticano, especialmente após a decisão de Francisco de residir ali, rompendo com a tradição dos apartamentos papais.
Por que Papa Francisco nunca voltou à Argentina após se tornar pontífice?O local onde originalmente ficavam os papas até então — e desde o papado de Símaco, de 498 a 514 — era o Palácio Apostólico. Ele abrange cerca de 11.500 aposentos e 20 pátios, incluindo a Capela Sistina, onde os cardeais decidirão pelo novo papa.
Francisco optou por viver na Casa Santa Marta por preferir um ambiente mais simples e comunitário. Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa, viveu no local desde sua eleição, que aconteceu em março de 2013. Os aposentos do Papa contavam com uma capela, um escritório particular, outro separado para seus secretários, um quarto, banheiro, uma pequena sala de estar, sala de jantar, cozinha e quartos para os secretários.
O livro 'The Vatican Diaries', de John Thavis, dedica uma análise detalhada à construção da Casa Santa Marta, destacando que o projeto enfrentou críticas e controvérsias externas.
Elas vinham especialmente de grupos ambientalistas e políticos italianos, que protestaram contra a construção por bloquear a vista da Basílica de São Pedro para alguns apartamentos vizinhos.
O Vaticano, na época, defendeu o direito de construir dentro de suas fronteiras e argumentou que o edifício seria mais baixo do que outros prédios da região.
Outro ponto abordado por Thavis é o financiamento da obra. O projeto custou cerca de US$ 20 milhões, com parte significativa do valor inicialmente prometida por um empresário americano, John E. Connelly, que depois não conseguiu cumprir o compromisso devido a dificuldades financeiras, o que levou o Vaticano a buscar outras fontes para concluir a construção.