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Calcular o preço do imóvel corretamente é fundamental para fazer transações imobiliárias mais assertivas (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 14h35.
Avaliar corretamente o valor de um imóvel é fundamental para assegurar negociações justas e evitar prejuízos financeiros. Uma avaliação precisa auxilia tanto vendedores quanto compradores a tomarem decisões informadas, refletindo o real valor de mercado da propriedade.
Profissionais especializados, como corretores de imóveis e avaliadores certificados, são capacitados para realizar essa análise de forma técnica e imparcial. Veja quais fatores são levados em consideração e como saber se o valor está correto.
Diversos fatores influenciam na precificação de um imóvel. Entre os principais critérios analisados por imobiliárias estão:
Localização: A proximidade de centros comerciais, escolas, hospitais e a disponibilidade de transporte público valorizam o imóvel. Bairros com baixa taxa de criminalidade e infraestrutura desenvolvida também tendem a ter preços mais altos.
Reformas e benfeitorias: Imóveis que passaram por reformas recentes ou possuem acabamentos de alta qualidade geralmente têm seu valor aumentado.
Vaga de garagem: A disponibilidade de vagas de estacionamento é um diferencial significativo, especialmente em áreas urbanas onde o espaço é limitado. O preço de venda de uma vaga de garagem pode representar, em média, de 10% a 15% do valor total do apartamento.
Taxa de condomínio: Taxas mensais elevadas podem desvalorizar o imóvel, pois representam um custo fixo adicional para o proprietário ou inquilino.
Número de quartos e banheiros: A quantidade de dormitórios e sanitários impacta diretamente no valor, atendendo às necessidades de diferentes perfis familiares.
Mobiliado ou não: Imóveis vendidos com mobília inclusa podem ter um valor agregado maior, dependendo da qualidade e estado dos móveis.
Comodidades: Facilidades como piscina, academia, portaria 24 horas e áreas de lazer contribuem para a valorização do imóvel.
Para determinar se o valor de um imóvel é adequado, é recomendável fazer uma pesquisa de mercado e comparar o valor do bem com outros similares na mesma região. Ferramentas como calculadoras online que utilizam inteligência de dados ajudam a fornecer estimativas confiáveis de venda ou aluguel.
Também é indicado contratar um avaliador certificado ou corretor de imóveis para uma análise detalhada e precisa. Prefira um de sua confiança e, se possível, que não esteja atrelado a uma única imobiliária ou marca.
Considere também a liquidez do imóvel. Aqueles que permanecem disponíveis por longos períodos podem indicar preços acima do valor de mercado.
Para aqueles que estão procurando imóveis para alugar, é importante saber que o preço, geralmente, é calculado com base em uma porcentagem do valor de mercado do imóvel, variando entre 0,5% e 1% ao mês. Por exemplo, um imóvel avaliado em R$ 500.000 poderia ter um aluguel mensal entre R$ 2.500 e R$ 5.000.
Para os inquilinos, é aconselhável que o valor do aluguel não comprometa mais de 30% da renda mensal, garantindo assim uma gestão financeira saudável.
O reajuste do aluguel pode ocorrer anualmente, conforme estabelecido no contrato de locação. O principal índice utilizado para essa correção é o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como "inflação do aluguel", medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em alguns contratos, pode-se optar pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.
Se o contrato não especificar um índice de reajuste, o proprietário não pode aumentar o aluguel de forma arbitrária. Além disso, reajustes fora do período previsto no contrato podem ser contestados pelo inquilino.
Nos contratos de locação comercial, pode haver reajustes diferentes, dependendo da negociação entre as partes, mas sempre respeitando os termos previamente acordados.
Sim, tanto o proprietário quanto o inquilino podem solicitar uma revisão do valor do aluguel caso considerem que o preço está desatualizado em relação ao mercado. Essa revisão pode ser feita após três anos de contrato, conforme previsto na Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991).
Se houver uma grande desvalorização do imóvel ou queda nos valores dos aluguéis na região, o inquilino pode negociar uma redução.
Já o proprietário pode solicitar um aumento se o preço de mercado estiver acima do que é cobrado. Caso as partes não cheguem a um acordo, o reajuste pode ser discutido judicialmente por meio de uma ação revisional de aluguel.
O diálogo entre locador e locatário é essencial para evitar disputas e garantir que o valor cobrado seja justo para ambos.
Compreender os fatores que influenciam na avaliação de um imóvel e os critérios para determinar um preço justo é essencial para realizar negociações seguras e vantajosas.
Esse conhecimento permite identificar oportunidades, evitar fraudes e assegurar que o investimento atenda às expectativas e necessidades de todas as partes envolvidas.