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CBIC: será necessário um período de 8,2 meses para que os imóveis disponíveis no mercado se esgotem (Montagem com elementos Canva/Reprodução)
Repórter de Mercados
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 10h48.
As vendas de imóveis residenciais no Brasil continuam em alta, e a menor taxa de escoamento da oferta no mercado reflete uma recuperação robusta do setor. De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), será necessário um período de 8,2 meses para que os imóveis disponíveis no mercado se esgotem, dado o atual ritmo das vendas e lançamentos.
O cálculo é baseado na oferta final de 290 mil imóveis novos disponíveis para comercialização, que caiu 4,1% entre junho de 2024 e junho de 2025.
No mesmo período, 423 mil unidades foram vendidas, um recorde no acumulado de 12 meses, representando uma alta de quase 17%. No acumulado do ano, as vendas de imóveis no Brasil cresceram 9,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, somando 206,9 mil unidades.
O volume de lançamentos também aumentou, com um crescimento de 6,8% no primeiro semestre, alcançando 186,5 mil unidades.
O desempenho marca o maior número de lançamentos registrado no primeiro semestre desde 2006, quando a pesquisa da CBIC começou a ser realizada.
Os resultados ainda são impulsionados pelos incentivos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que, em abril, ampliou seus parâmetros, incluindo uma faixa adicional para famílias com renda de até R$ 12 mil. Essa mudança tem dado suporte contínuo ao setor imobiliário, principalmente em vendas, que apresentaram um aumento de 25,8% no primeiro semestre, em comparação com 2024.
No segundo trimestre, as vendas do programa habitacional cresceram 11,9%. Os dados da pesquisa mostram que, no período, foram comercializados 102,8 mil imóveis, movimentando R$ 68 bilhões.
No entanto, os números do segundo trimestre também mostraram uma desaceleração nos lançamentos, que caíram mais de 10% em relação aos três primeiros meses do ano. Na comparação anual, a queda foi de 15,5%. Apesar disso, as vendas seguiram em alta, com um crescimento anual de 11,9% no mesmo período.
Para o segmento em específico, seriam necessários 6,2 meses para o escoamento da oferta, também considerando a média de vendas dos últimos 12 meses e sem novos lançamentos.