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Chama o síndico: conheça o perfil desse profissional em SP

Um levantamento realizado pela Lello aponta que em São Paulo, os síndicos são mais jovens e ficam menos tempo no cargo do que antes

Pesquisa: o tempo médio dos síndicos à frente dos condomínios caiu para dois mantados

Pesquisa: o tempo médio dos síndicos à frente dos condomínios caiu para dois mantados

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 28 de agosto de 2023 às 15h37.

Última atualização em 28 de agosto de 2023 às 15h44.

Os síndicos da cidade de São Paulo não são mais os mesmos. Se você imagina um aposentado que passa anos cuidando das finanças e melhorias do prédio saiba que esta visão está errada.Um levantamento realizado pela Lello, administradora de condomínios, aponta que em São Paulo, os síndicos são mais jovens e ficam menos tempo no cargo do que antes.

Além disso, mais de 80% dos que comandam os edifícios têm mais de 46 anos e 32% são mulheres. Segundo os dados, em 2019, 43% dos síndicos tinham mais de 60 anos e 48% permaneciam por três mandatos (ou seis anos), em média, à frente dos condomínios.

Na pesquisa realizada agora, o tempo médio dos síndicos à frente dos condomínios caiu para dois mantados. O atual tempo médio dos síndicos no comando dos condomínios é entre dois e quatro anos em 52% da amostra, mais de quatro anos em 35% dos casos e até dois anos em 13%. Além disso, 45% dos síndicos têm entre 46 e 60 anos de idade e apenas 37%, acima de 61 anos. Os síndicos com idades entre 31 e 45 anos representam 17% do total, enquanto os abaixo de 30 anos de idade representam 1%.

Profissão

O levantamento também apontou a profissão dos síndicos. Cerca de 20% dos condomínios são comandados por síndicos que também são empresários, 15% dos síndicos são administradores de empresas, 13%, aposentados, 9%, engenheiros e 7%, advogados.  Outras profissões comuns identificadas entre os síndicos paulistanos são as de professor, economista, arquiteto e médico.

O número de síndicos profissionais também obteve um leve crescimento em relação ao último estudo passou de 11% em 2019 para 13%, agora. Ainda assim, 87% dos síndicos paulistanos continuam sendo moradores de seus condomínios. O estudo mostra também uma tendência que 68% dos síndicos são homens, e 32%, mulheres.

“Percebemos uma sensível mudança no perfil dos síndicos. A disputa pelo cargo está mais acirrada, e os candidatos estão cada vez mais conectados com o seu verdadeiro papel para o condomínio, para o bairro e para a cidade. São pessoas genuinamente preocupadas com a formação das comunidades, com o fomento à convivência, com a construção de vizinhanças mais amáveis e colaborativas, entendendo o verdadeiro papel que devem cumprir”, diz Angélica Arbex, diretora de Marketing da Lello Condomínios.

Ela acrescenta que o síndico atual se interessa muito por serviços integrados, otimização de recursos, novos formatos de contratação de mão de obra e um desenho claro de plano de trabalho e apresentação de resultados. “O síndico é fundamentalmente um gestor de ativos. Ele tem sob sua governança a maior riqueza das famílias que compões aquele condomínio que é o seu imóvel. Se ele vai valer 100 ou 1000 daqui a 10 anos vai depender de como esse patrimônio foi gerido. E o síndico é quem está à frente desta responsabilidade, de fazer a maior riqueza daquela comunidade ser preservada”, finaliza.

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