Quem lidera a lista é Hong Kong, um dos grandes centros financeiros da Ásia (Vernon Yuen/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 10 de julho de 2024 às 15h17.
Última atualização em 10 de julho de 2024 às 15h55.
Qualquer pessoa que esteja de olho no mercado imobiliário nos últimos 20 anos saberá que em muitos países, sobretudo nos Estados Unidos, tornou-se muito mais difícil comprar uma casa.
Mas um novo relatório resume o sentimento de muitos potenciais compradores ao criar uma categoria que rotula algumas grandes cidades como “impossíveis de morar”.
As cidades dos EUA na Costa Oeste e no Havai ocuparam cinco dos 10 locais mais inacessíveis, de acordo com o relatório anual Demographic International Housing Affordability, que acompanha os preços das casas há 20 anos. As informações foram citadas pela CNN.
Talvez sem surpresa, as cidades mais caras dos EUA para comprar casa estão na Califórnia, onde San José, Los Angeles, São Francisco e San Diego estão entre as 10 primeiras.
A capital havaiana Honolulu também é mencionada em sexto lugar entre 94 principais mercados pesquisados em oito países.
A Austrália é o único outro país, além dos EUA, a dominar a lista “impossível de morar”, liderada por Sydney e pelas cidades do sul de Melbourne, em Victoria, e Adelaide, no sul da Austrália.
O curioso é que no topo da classificação global está Hong Kong, o centro financeiro asiático conhecido pelos seus pequenos apartamentos e rendas altíssimas. É também o único mercado chinês citado pelo relatório.
O relatório atribui o aumento no preço dos imóveis à alta procura pelo home office durante a pandemia, sobretudo por casas fora dos grandes centros, mais espaçosas. Também atribui a subida dos preços das casas às políticas de utilização dos terrenos - um planeamento concebido para impedir a expansão urbana.
“A classe média está sitiada principalmente devido à escalada dos custos do terreno. À medida que o terreno foi 'racionado' num esforço para conter a expansão urbana, o excesso de procura sobre a oferta fez subir os preços”, afirma o relatório.