Mercado Imobiliário

Apesar do bom ano, trimestre fraco faz ações da Plano&Plano (PLPL3) caírem 5%

Queda é um dos reflexos do menor volume de vendas líquidas no quarto trimestre em comparação ao trimestre anterior e com o mesmo período de 2023

Em 2024, a Plano&Plano lançou 30 projetos que somaram 16.186 unidades e um VGV de R$ 3,9 bilhões. (Leandro Fonseca/Exame)

Em 2024, a Plano&Plano lançou 30 projetos que somaram 16.186 unidades e um VGV de R$ 3,9 bilhões. (Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 17h00.

Na tarde desta quinta-feira, 16, as ações da Plano&Plano operavam em queda 5%. Este é um dos reflexos da queda 44,7% nas vendas líquidas no quarto trimestre em comparação ao trimestre anterior, de R$ 1,2 milhão para R$ 707,1 mil. Em relação às vendas líquidas do mesmo período de 2023, a queda foi ainda maior, de 45,9%. Os dados constam na prévia operacional apresentada pela companhia na última terça.

O último trimestre de 2024 também representou uma queda de 12,5% nos lançamentos, que foram apenas 7 no período. Na comparação com o quarto trimestre de 2023, a queda salta para 41,7%. Por outro lado, o VGV do quarto trimestre foi 35,5% superior ao terceiro, indo de R$ 134,5 mil para R$ 182,3 mil. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 28,9%

O ano da Plano&Plano

Em 2024, a Plano&Plano lançou 30 projetos que somaram 16.186 unidades e um VGV de R$ 3,9 bilhões. Segundo dados da prévia divulgada, o resultado superou o de 2023 em R$ 538 milhões. Já as vendas líquidas atingiram R$ 3,4 bilhões. Sem considerar empreendimentos lançados e vendidos no âmbito do Programa Pode Entrar, da cidade de São Paulo, o valor geral de vendas foi de 3,3 bilhões um acréscimo de 40,5%, ou R$ 965 milhões, em comparação com 2023.

As vendas líquida atingiram de R$ 3,4 bilhões em vendas líquidas totais, com mais de 14,6 mil unidades comercializadas durante o ano, refletindo um acréscimo de R$ 306,6 milhões de reais em relação ao mesmo período de 2023. Considerando apenas as vendas para o mercado privado, a companhia atingiu um total de R$ 3 bilhões, aumento de 26,2% em relação ao ano anterior.

Para analistas do Santander, os dados operacionais do período foram fracos. Os lançamentos chegaram a R$ 1,3 bilhões, um aumento de 50% na comparação com o ano anterior e 63% acima da estimativa do banco. Mesmo assim, as pré-vendas líquidas ficaram 16% abaixo da estimativa dos analistas, em R$ 653 milhões. Tudo isso, ainda segundo relatório do Santander, foi motivado por maiores distratos, que atingiram 15,2% das vendas brutas no quarto trimestre de 2024 e concentração de lançamentos em dezembro.

Acompanhe tudo sobre:ConstrutorasLançamentosMercado imobiliário

Mais de Mercado Imobiliário

'Êxodo corporativo' da Avenida Paulista é real – mas destino não é só a Faria Lima

Lançamentos da Cyrela (CYRE3) sobem 184% e vendas líquidas crescem 93% no quarto trimestre

Qual é o maior shopping do Brasil?

O que é um contrato de gaveta?