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Aeroporto de Brasília: terreno ao lado vai ter clube com 'praia artificial'
Repórter de Mercados
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 06h00.
O Centro-Oeste vai ganhar uma "praia" de 50 mil metros quadrados. O Grupo R2 está à frente de um mega projeto numa área ao lado do Aeroporto Internacional de Brasília. O investimento previsto é superior a R$ 450 milhões, com início das obras em outubro de 2026 e operação programada para o primeiro semestre de 2029.
À EXAME, Rafael Damas, sócio-fundador do grupo, afirma haver um contrato quase fechado com a KSM Realty para a venda de títulos aos futuros frequentadores do clube.
A gestora é a mesma envolvida no projeto Beyond The Club São Paulo, primeira praia artificial da cidade de São Paulo. “Há um Memorando de Entendimento (MU) assinado, estando em 90% de acordo para realizar o projeto em conjunto em Brasília”, afirma Damas. Após a abertura, no entanto, a operação será 100% do R2.
O terreno, que tem ao todo 120 mil metros quadrados, foi cedido por concessão em parceria com a Inframérica e o Ministério de Portos e Aeroportos, com contrato de ocupação de 48 anos. O local, uma área de cerrado nativo ao lado da cabeceira da pista, está numa região em franca valorização, que inclui o novo shopping de alto padrão Partage, previsto para abrir em 2026. A previsão é que, no máximo, 40% do terreno seja desmatado, já que a ideia é manter a vegetação nativa.
O modelo segue a lógica de clubes sociais tradicionais. A inspiração vem do festival Na Praia, também criado pelo R2, que simula uma praia com eventos de música, gastronomia e atividades ao ar livre. “Brasília tem tudo, só falta praia. O clube nasce para organizar a rotina do brasiliense em um só endereço: saúde, bem-estar, família e esporte”, diz Damas.
O Clube na Praia será estruturado como um hub de conveniência, com foco numa piscina de surfe profissional. A operação terá formato de clube por adesão: serão 3 mil títulos vendidos a partir de abril de 2026, com valor médio estimado entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, além de mensalidades de cerca de R$ 900. Cada membro terá direito a incluir pais e filhos no uso do espaço.
A venda dos títulos será feita sob indicação: os primeiros compradores poderão indicar três novos membros cada. A ideia, segundo Damas, é formar uma comunidade "com afinidade de valores e estilo de vida".
“Esse clube é um espaço de socialização: você tem que querer conviver com quem está ali”, diz.
A localização, a 15 minutos dos principais bairros de Brasília, é vista como estratégica. A proposta é posicionar o Clube na Praia como elemento estruturador de um novo bairro de entretenimento, descentralizando atividades hoje concentradas na Asa Sul.
“A ideia é criar uma centralidade com infraestrutura de lazer sem conflitar com áreas residenciais”, afirma Damas.
O clube terá uma academia de 2 mil metros quadrados, 16 quadras de tênis, centro de contraturno escolar e 40 unidades para estadias temporárias, pensadas como evolução dos espaços de churrasqueira.
A operação e gestão serão da própria R2, que também responde pela venda de títulos. A construtora Supera, de Brasília, participa do projeto como investidora e executora das obras.