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Ação de despejo: como funciona e como evitar?

Ação de despejo é um processo jurídico comum em casos de inadimplência ou outros descumprimentos de contrato.

Para que ocorra, a ação de despejo precisa cumprir requisitos e prazos estipulados pela lei.  (Boonchai wedmakawand/Getty Images)

Para que ocorra, a ação de despejo precisa cumprir requisitos e prazos estipulados pela lei. (Boonchai wedmakawand/Getty Images)

Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 15h52.

A ação de despejo é um procedimento judicial movido pelo proprietário de um imóvel contra o inquilino, com o objetivo de retomar a posse do bem, geralmente por conta de descumprimento de obrigações contratuais, como a falta de pagamento do aluguel.

A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), que regula as relações entre locadores e locatários, e estabelece as condições sob as quais o proprietário pode solicitar o despejo.

Segundo a legislação, o inquilino deve cumprir com suas obrigações, especialmente o pagamento do aluguel e encargos da locação, e o locador tem o direito de retomar o imóvel caso o contrato seja violado. No entanto, a lei também garante uma série de direitos ao mesmo, como prazos para regularizar a situação e se defender em juízo.

Entenda melhor o assunto e veja como cobrar seus direitos.

Como funciona uma ação de despejo?

Após o dono do imóvel ingressar com um pedido no Judiciário, o inquilino é notificado da cobrança de pagamento. Se este não cumprir as condições estabelecidas, o juiz pode determinar a retomada do imóvel. Durante o processo, a justiça pode solicitar o pagamento das dívidas pendentes ou estabelecer prazos para a resolução do impasse.

Dependendo da situação, a ação pode ser mais simples, como no caso da falta de pagamento de aluguel, ou mais complexa, envolvendo outras questões contratuais. O juiz, após avaliar as evidências apresentadas, pode determinar a desocupação do imóvel e, se necessário, solicitar a presença de um oficial de justiça para realizar a remoção do inquilino.

Quais os requisitos para entrar com uma ação de despejo?

Para ingressar com uma ação de despejo, o proprietário deve observar alguns requisitos legais, como:

  1. Contrato de locação válido: O imóvel deve estar formalmente alugado, com contrato assinado por ambas as partes;
  2. Comprovação da inadimplência ou descumprimento: Para a falta de pagamento, por exemplo, é necessário apresentar provas de que o aluguel e encargos não foram quitados no prazo;
  3. Notificação prévia ao inquilino: Antes de iniciar a ação, o proprietário deve formalizar a notificação, concedendo ao inquilino a chance de regularizar a situação, caso aplicável;
  4. Demonstração da violação do contrato: Quando o despejo se baseia em outras razões, como uso indevido ou necessidade de reparos urgentes, é preciso apresentar provas do descumprimento do acordo.

Tipos de ação de despejo

A ação de despejo pode ser movida por diversas razões, cada uma com características e exigências específicas. Confira as principais:

Por falta de pagamento

Esta é a forma mais comum de despejo. Quando o inquilino deixa de pagar o aluguel e demais encargos, como taxas de condomínio e IPTU, o proprietário pode pedir a desocupação do imóvel. A lei permite que o inquilino tenha um prazo de 15 dias após a notificação para regularizar a dívida. Caso não pague, o processo de despejo pode ser iniciado.

Por uso próprio

O proprietário pode pedir o despejo caso tenha a intenção de utilizar o imóvel para fins pessoais, ou seja, para morar nele ou em benefício de familiares. Neste caso, o locador deve provar a necessidade de uso próprio, e o inquilino tem direito a um prazo de 30 dias para desocupar o imóvel.

Por permanência

Quando o contrato de locação termina e o inquilino se recusa a desocupar o imóvel, o proprietário pode entrar com a ação de despejo por permanência. Nesse tipo de processo, o locador não precisa justificar a falta de pagamento, apenas que o contrato foi encerrado e o imóvel precisa ser devolvido.

Por reparos urgentes

Caso o imóvel necessite de reparos urgentes que não podem ser realizados com o inquilino ocupando o espaço, o proprietário pode pedir o despejo. Neste caso, o locador precisa comprovar que as obras são essenciais para a segurança ou habitabilidade do imóvel.

Quanto tempo demora uma ação de despejo?

O tempo de duração da ação pode variar de acordo com a complexidade do caso e a quantidade de recursos envolvidos. Processos simples, como a falta de pagamento, podem ser resolvidos em alguns meses, enquanto casos que envolvem disputas mais complexas podem durar mais tempo.

O custo também depende do tipo de ação e dos honorários advocatícios, além de eventuais despesas processuais.Em média, uma ação de despejo pode levar entre 6 meses a 1 ano para ser finalizada, caso não haja recursos ou contestação excessiva.

Após quanto tempo de atraso no aluguel o proprietário pode pedir a desocupação do imóvel?

O proprietário pode iniciar uma ação de despejo após 30 dias de atraso no pagamento do aluguel, caso o inquilino não tenha regularizado a situação ou pago os encargos devidos.

Nesse período, o locador deve enviar uma notificação extrajudicial, concedendo um prazo para o pagamento. Caso o inquilino não cumpra o prazo estabelecido, o processo de despejo pode ser movido judicialmente, seguindo as etapas legais.

O que impede uma ação de despejo?

Entender como funciona a ação de despejo é essencial tanto para proprietários quanto para inquilinos. Para o locador, é importante conhecer os direitos e procedimentos legais para garantir que sua propriedade seja devolvida em caso de inadimplência ou descumprimento do contrato.

Já para o inquilino, saber sobre os prazos e obrigações legais pode evitar surpresas e permitir que medidas corretivas sejam tomadas antes que o processo judicial seja necessário. A prevenção de um despejo envolve, portanto, o cumprimento das cláusulas contratuais, mas também o entendimento das normas que regem a relação locatícia, permitindo uma convivência mais tranquila e segura para ambas as partes.

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