Economia

Abrainc: mercado de imóveis comemora fim de liminar

Por conta da liminar, 65 empreendimentos deixaram de ser lançados na capital paulista. Esses projetos correspondem a 15,8 mil apartamentos

Mercado imobiliário: levantamento apurou também que outros 22 empreendimentos que já haviam sido lançados não poderiam receber o Habite-se enquanto a liminar estivesse vigente (Paulo Fridman/Bloomberg)

Mercado imobiliário: levantamento apurou também que outros 22 empreendimentos que já haviam sido lançados não poderiam receber o Habite-se enquanto a liminar estivesse vigente (Paulo Fridman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2018 às 20h58.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, celebrou a queda da liminar que vetava a prática do direito de protocolo em São Paulo desde fevereiro, travando o lançamento de novos projetos.

"Saímos de uma situação de caos para a volta à normalidade", comentou nesta quarta-feira, 16, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O líder empresarial destacou ainda a retomada da segurança jurídica, que vinha espantando investidores do setor. "Os investidores, especialmente aqueles das companhias de capital aberto, estavam tremendamente preocupados. Agora, estarão mais seguros", avaliou.

Segundo França, os lançamentos tomarão agora seu ritmo normal, dependendo apenas da capacidade operacional de cada incorporadora e da avaliação sobre o ambiente econômico. Apesar dos gargalos neste começo do ano, o executivo reiterou sua expectativa de crescimento do mercado imobiliário paulistano em 2018.

Por conta da liminar, 65 empreendimentos deixaram de ser lançados na capital paulista. Esses projetos correspondem a 15,8 mil apartamentos, ou R$ 7,7 bilhões em valor geral de vendas (VGV), além de R$ 528 milhões em impostos e 55,8 mil empregos envolvidos nas obras e serviços.

Os dados fazem parte do estudo mais recente realizado pela Abrainc em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "O impacto foi absurdo", salientou França.

O levantamento apurou também que outros 22 empreendimentos que já haviam sido lançados não poderiam receber o Habite-se enquanto a liminar estivesse vigente. Esses projetos somam 5,2 mil apartamentos, ou R$ 2,0 bilhões em valor geral de vendas (VGV) e R$ 174 milhões em impostos.

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