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A Emoções acabou? Por onde anda a incorporadora do cantor Roberto Carlos

Incorporadora Emoções foi a responsável pelo lançamento do Horizonte JK, icônico edifício branco e azul no Itaim Bibi. Sem Roberto, o grande novo projeto será em Gramado

O cantor Roberto Carlos era um dos sócios da Incorporadora Emoções  (Roberto Carlos/Divulgação)

O cantor Roberto Carlos era um dos sócios da Incorporadora Emoções (Roberto Carlos/Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 10 de agosto de 2025 às 10h26.

O cantor Roberto Carlos pode dizer que já viveu mesmo muitas emoções. Uma delas, literal: a Incorporadora Emoções, da qual o rei foi o principal sócio por quase dez anos. Segundo apurou a EXAME, o artista deixou a sociedade que tinha com os empresários Ubirajara Guimarães, Jaime Sirena e Dody Sirena em 2020. 

“Ele preferiu se concentrar na carreira de cantor. Apesar de amar arquitetura, ele também viu que o mercado imobiliário é de risco. Afinal, uma incorporação leva pelo menos cinco anos, desde a compra do terreno até a conclusão do investimento”, explica Jaime Sirena, CEO da Star Opera Incorporadora, que hoje detém a Emoções como marca.

Desde a saída de Roberto, Sirena criou holding Star Ópera para manter a Emoções apenas como uma marca, desvinculando a companhia da imagem do artista. Mas afirma que estão de portas abertas caso Roberto queira fazer alguma parceria.

A incorporadora de Roberto Carlos

Em 2011, os principais sites do país estampavam a notícia de que Roberto Carlos entrava para o mercado imobiliário com a incorporadora da qual o cantor detinha cerca de 30%.

A estreia foi com o Horizonte JK, localizado na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi.

Para o momento, nada mais simbólico: o edifício é inteiro nas cores azul e branca, as preferidas do artista.

Horizonte JK

Condomínio Horizonte JK: 40 andares de unidades residenciais dividem espaço com escritórios comerciais (Opera Incorporadora/Divulgação)

Ao todo, são 346 unidades, entre residenciais e comerciais. Na época, quando foi apresentado a corretores, ao menos 250 pessoas manifestaram interesse de compra em uma unidade residencial — eram um total de 266 nesse segmento.

O mais barato deles era um apartamento de 54 metros quadrados, que custava R$ 756 mil há 14 anos. Hoje, o mesmo apartamento custa, no mínimo, R$ 1,5 milhão, segundo os principais sites de anúncios de compra e venda.

Após uma pausa entre 2015 e 2017, a incorporadora fez um novo lançamento, este em Goiânia, o Horizonte Parque Flamboyant, com 46 pavimentos e 152 apartamentos, construído de frente para o Parque Flamboyant.

Com Roberto Carlos de sócio, a incorporadora lançou R$ 1 bilhão em VGV, fruto de um investimento de R$ 300 milhões. Tudo começou com recursos próprios, depois houve planos com empresários e alguns poucos investidores. “O dinheiro do primeiro prédio era reinvestido no próximo, e por assim vai”, explica Jaime Sirena.

A Star Ópera Incorporadora

Já sem Roberto Carlos, a incorporadora projetou edifícios residenciais na rua Harmonia e na avenida Helio Pelegrino, ambos em São Paulo e com unidades já sendo entregues.

O novo projeto da Star Ópera é um grande empreendimento em Gramado, numa área de 10 mil metros quadrados e com um investimento de R$ 1 bilhão. As unidades residenciais e comerciais vão dividir espaço com um hotel e com uma área de entretenimento. O hotel será o Club Med — o quarto do Brasil e América do Sul.

O projeto já está em fase de aprovação com a Prefeitura de Gramado, após já ter passado pela etapa de aprovação ambiental.

No momento, as obras estão começando e a expectativa é que o hotel comece a ser entregue já em 2027. Para as unidades que serão vendidas, o VGV deverá chegar a R$ 1,5 bilhão.

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