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WEC: Com patrocínio da Prio, Nicolas Costa estreia pela McLaren: "Sonho de criança"

Novidade marca quatro anos de parceria do piloto com a empresa de óleo e gás, além do retorno da escuderia à competição após 26 anos

Campeão da Porsche Carrera Cup, Nicolas Costa se junta à Prio e à McLaren no WEC (Divulgação/Prio)

Campeão da Porsche Carrera Cup, Nicolas Costa se junta à Prio e à McLaren no WEC (Divulgação/Prio)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 16h47.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2024 às 16h47.

Atual campeão da Carrera Cup, principal categoria da Porsche Cup Brasil, Nicolas Costa, de 32 anos, é um dos brasileiros que vai disputar a nova temporada do Mundial de Endurance (WEC) da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), pela categoria LMGT3.

O piloto estreia no campeonato internacional como integrante da equipe da McLaren. A novidade acontece no momento em que o carioca completa o quarto ano de parceria com a Prio, empresa independente de óleo e gás, e marca o retorno da escuderia à competição após 26 anos.

Costa chegou a interromper a carreira por mais de dois anos, quando amargou um afastamento das pistas no período da pandemia. Sem perspectivas, enfrentou uma depressão até encontrar patrocínio e ter uma ascensão meteórica ao longo do ano passado, superando as expectativas ao somar sete vitórias de etapas da Porsche Cup Brasil, subindo ao pódio 11 de 12 vezes possíveis.

"Hoje, pensar que vamos disputar um campeonato mundial com grandes nomes do automobilismo, realmente, é algo que se me falassem em 2020, não acreditaria”, destaca ele, que também já foi campeão europeu e tem uma carreira de sucesso no kart, com mais de 15 títulos. “Graças à Prio, não só pelo fato do patrocínio, mas também pela motivação e a confiança em mim, pude voltar a me dedicar 100% às pistas, e as coisas evoluíram", complementa.

A competição em 2024 é dividida em oito etapas, incluindo uma corrida em Interlagos, na capital paulista - que volta ao Brasil após 10 anos -, além da famosa etapa de Le Mans, na França, e Ímola, na Itália - a qual ocorre em data próxima à morte de Ayrton Senna exatamente no ano em que se completam 30 anos do ocorrido.

“Nunca cheguei nem a visitar boa parte das pistas do calendário. É um sonho de criança correr Le Mans, representar o Brasil na etapa de Interlagos, com tantas pessoas na torcida, e obviamente correr a etapa de Ímola neste ano, pela McLaren, com todo o contexto que envolve a morte do Senna, maior ídolo que o nosso país já teve, vai ser uma experiência única", celebra.

Além do investimento na carreira do Nicolas, o projeto de patrocínio envolve a exposição da marca no carro utilizado pelo brasileiro e por sua equipe pelo mundo.

“O Nicolas é um embaixador da marca e possui uma grande sinergia com a nossa cultura", ressalta Gabriel Hackme, gestor de patrocínios e projetos incentivados da Prio. “A McLaren possui uma legião de fãs, não só dentro do automobilismo. Eles têm uma relação de longa data com os brasileiros no esporte e continuam sendo uma potência na Fórmula 1. É uma honra para nós termos a nossa marca associada a uma empresa tão vitoriosa e reconhecida”, completa.

Desafios e planos para o futuro

Após a confirmação do retorno da McLaren à categoria em 2024, em parceria com a United Autosports, gerou-se muita expectativa com a volta do icônico carro #59 da marca inglesa, principalmente com a etapa das 24h de Le Mans. O suíço Gregoire Saucy e o inglês James Cottingham se unem a Nicolas e completam a escalação do McLaren 720S GT3 EVO.

“Será um ano de aprendizado para toda a equipe, pois será tudo novo, desde a categoria, passando pelo carro e chegando aos pilotos, que participarão pela primeira vez. A nossa meta é subir ao pódio, pelo menos uma vez. Confio no nosso potencial e acho que é um desafio que vai nos forçar a ser competitivos. Se levantarmos um troféu até o final do ano vai ser a realização de um sonho”, destaca o brasileiro.

Com diferenças notórias entre o Carrera Cup e a WEC, Costa ressalta que o processo de preparação tem sido intenso, já que a corrida mais curta terá duração de seis horas.

“Ano passado, já estava bem preparado, mas o desafio agora é bem diferente, por conta do tempo de prova, principalmente. É um ‘Iron Man’ dentro de um carro de corrida, super desgastante, a 60 graus com um macacão e capacete. Precisamos estar muito bem preparados e estou fazendo tudo que posso para corresponder. Tenho certeza que vou ter uma evolução durante o ano ainda maior”, diz.

No momento, o foco do piloto é a WEC, mas ele não descarta ampliar as frentes de disputa. “É uma possibilidade correr outras categorias. Existem muitos campeonatos enormes de GT3 no mundo, mas existem categorias como o Hyper Cars, que acho o supra sumo do automobilismo - com a maior tecnologia embarcada - junto com a Fórmula 1. Adoro correr GT3, mas, obviamente, se rolasse um acento no Hyper Cars no futuro, não seria nada mal”, finaliza.

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