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Vem aí a versão brasileira do hambúrguer vegetal que imita carne

Feito de ervilha, soja e grão de bico, o "Futuro Burger" chega aos mercados em maio

Apetite verde: mercado de alimentos com base vegetal em alta.  (Fazenda do Futuro/Divulgação)

Apetite verde: mercado de alimentos com base vegetal em alta. (Fazenda do Futuro/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 11 de abril de 2019 às 12h12.

Última atualização em 6 de maio de 2019 às 18h47.

São Paulo - Ervilha, soja e grão de bico. O trio digno de uma salada reforçada é a base de um novo hambúrguer vegetal que pretende agradar até os carnívoros. A beterraba dá o tom vermelho, imitando sangue. Inspirado nas versões da Impossible Foods e Beyond Meat, que estão sacudindo o mercado americano, o "Futuro Burguer" chega às gôndolas brasileiras em maio e promete ser similar em gosto, aroma e textura às opções convencionais.

A novidade é produzida pela Fazenda do Futuro, voltada à produção de proteína vegetal e comandada pelo empresário Marcos Leta, fundador dos Sucos do Bem. O produto chegará aos mercados com preço sugerido em torno de R$ 16.99 por duas unidades, em redes como Pão de Açúcar (SP e RJ), St. Marche (SP e RJ), Zona Sul (RJ) e La Fruteria (RJ). Ele foi desenvolvido em parceria com a ONG The Good Food Institute (GFI), que promove alternativas à carne convencional, ovos e produtos lácteos.

A demanda por produtos de origem vegetal é puxada por consumidores cada vez mais preocupados com a saúde e atentos aos impactos ambientais associados à produção de proteína animal pela agropecuária. O mercado "plant based" cresce mais de 6% ao ano e deve somar US$ 10.9 bilhões em todo o mundo até 2022.

Esse potencial já chamou atenção de gigantes do fast-food. No início do mês, o Burger King lançou o Impossible Whopper em suas lojas nos EUA, uma versão vegetariana do seu sanduíche carro-chefe, feito com o hambúrguer vegano da Impossible Foods.

Em janeiro, o McDonalds apresentou um McLanche Feliz no Reino Unido com um wrap vegetariano picante. Versões de hambúrgueres veganos (sem nada de origem animal) podem ser encontradas nos cardápios da rede Finlândia e Suécia. Por aqui, a gigante do fast-food lançou uma versão lactovegetariana, feita com hambúrguer de queijo coalho no lugar da carne.

Produtos derivados da indústria de proteína animal, como ovos, também surfam essa onda. No começo do ano, a Unilever lançou uma versão vegana de sua maionese e, em abril, a startup chilena NotCo começou a vender por aqui a NotMayo, que leva grão de bico no lugar do ovo. A startup que tem o bilionário Jeff Bezos entre seus investidores usou inteligência artificial para desenvolver a receita "perfeita". 

Até a maior granja da América do Sul já oferece alternativas. A Mantiqueira lançou seu "N.Ovo", uma versão plant based, sem nada de origem animal, desenvolvida para atender consumidores alérgicos ao ovo de galinha e à demanda crescente por produtos veganos.

No país do churrasco, é crescente o número de pessoas que tem buscado reduzir ou mesmo abandonar o consumo de carne. Pesquisa Ibope divulgada em 2018 indicou um aumento de 75% no número de pessoas que se declaram vegetarianas no Brasil em relação a 2012.  E, pelo jeito, está todo mundo de olho nesse apetite "verde".

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