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Veja, marca de tênis, inaugura primeira loja na América Latina em São Paulo

Localizado na Oscar Freire, espaço projetado pelo arquiteto e urbanista Roberto Somlo conta com estação de sapateiro e serviços de reparação e limpeza de tênis

Nova loja da Veja na rua Oscar Freire, em São Paulo: projeto de Roberto Somlo aposta na transparência, com vidro, vigas aparentes e tijolos expostos (Divulgação)

Nova loja da Veja na rua Oscar Freire, em São Paulo: projeto de Roberto Somlo aposta na transparência, com vidro, vigas aparentes e tijolos expostos (Divulgação)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 10 de junho de 2025 às 15h22.

Última atualização em 10 de junho de 2025 às 15h28.

A marca franco-brasileira de calçados Veja inaugura nesta quarta-feira, 11, sua primeira loja na América Latina, 20 anos após sua fundação e pouco mais de um ano depois de adotar no Brasil o nome que já usava no exterior — antes, era chamada de Vert no país. Localizada na rua Oscar Freire, em São Paulo, a unidade terá 600m² e oferecerá ao público não apenas produtos, mas também serviços de reparação e limpeza de tênis.

A loja foi projetada pelo arquiteto e urbanista Roberto Somlo, que incorporou elementos visuais que remetem à transparência, um dos pilares da marca. O conceito está presente nas paredes com tijolos expostos, nas vigas aparentes e na fachada de vidro, que permite a entrada de luz natural e estabelece uma conexão direta com a rua.

“A loja Veja em São Paulo é um encontro radical entre a história exposta e o modernismo paulistano, integrando a materialidade original do imóvel para mostrar um pouco da história de urbanização do bairro, com a premissa do movimento modernista na arquitetura paulista, que trabalha a ‘verdade dos materiais’, sem ornamentos ou disfarces", diz Somlo.

Fundada em 2004 pelos franceses Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion, a Veja tem produção 100% feita no Brasil, com uso de matérias-primas como algodão agroecológico, borracha nativa da Amazônia e couro do Sul do país. Desde 2013, a distribuição local tem sido ampliada, acompanhando o crescimento da marca nos mercados europeu, asiático e norte-americano.

A nova loja marca mais um passo da empresa no país, que em 2023 passou a usar oficialmente o nome Veja também no território nacional. “Para nós, é muito significativo ter uma loja Veja no Brasil, o coração da nossa marca. Nossos tênis são feitos por mãos brasileiras a partir de matérias-primas brasileiras”, diz Leandro Miguel, diretor comercial Latam da empresa. “Depois que conseguimos trabalhar o nome Veja no país, a nossa primeira loja aqui se tornou uma missão para nós.”

O espaço também serve como ponto de ativação de iniciativas sustentáveis, como o projeto "Limpar, Reparar e Coletar", que oferece serviços de limpeza, conserto e reciclagem de tênis, independentemente da marca, com foco na ampliação da vida útil dos produtos.

Lançada em 2020, a iniciativa já está presente em unidades da marca em Paris, Berlim, Bordeaux, Madrid, Brooklyn e Londres, e chega agora ao Brasil com foco na redução do descarte, na conscientização e na economia circular. Segundo a empresa, mais de 45 mil pares foram reparados desde o início do projeto.

Tênis V-90 São Paulo Mon Amour, edição limitada lançada para marcar a abertura da loja: 471 pares produzidos em homenagem aos 471 anos da capital paulista (Divulgação)

Para marcar a inauguração, ainda será lançado o tênis V-90 São Paulo Mon Amour, modelo limitado a 471 pares em referência aos 471 anos da capital paulista em 2025. A edição especial será vendida exclusivamente na loja e no e-commerce da marca por R$ 790,00. Com cores que remetem ao cenário urbano paulistano e detalhes em amarelo, o produto traz o número 011 bordado, uma alusão ao código DDD da cidade.

Com presença em mais de 50 países, a Veja busca aliar moda, impacto ambiental reduzido e responsabilidade social. A cadeia produtiva inclui algodão agroecológico de cooperativas familiares no Brasil e no Peru, borracha extraída de forma sustentável e PET reciclado. A empresa afirma que evita o uso de água no processo de transformação do plástico e desenvolve tecnologias próprias.

O novo ponto de venda integra a estratégia de consolidação da marca no Brasil — hoje, seu terceiro maior mercado, atrás apenas de Estados Unidos e Inglaterra, como mostrou a EXAME. A loja em São Paulo também funcionará como um laboratório para testar experiências de consumo já adotadas pela empresa no exterior.

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