Xamã: rapper protagoniza campanha de Uber Moto que conecta cultura popular e mobilidade urbana em reinterpretação da cantiga 'Se Essa Rua Fosse Minha' (Divulgação)
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 10h01.
A Uber apresenta nesta terça-feira, 17, uma nova fase da plataforma de comunicação de Uber Moto com o videoclipe “Se essa rua fosse minha”, projeto que integra o movimento “A Cidade no Seu Ritmo”. A iniciativa marca a continuidade da estratégia da marca de se aproximar dos públicos das grandes metrópoles por meio de narrativas ancoradas no cotidiano urbano e em histórias de mobilidade que representam quem vive o “corre” das cidades brasileiras.
Produzida pela Wieden+Kennedy São Paulo, a campanha tem como protagonista o rapper Xamã, que reinterpretou a cantiga popular “Se Essa Rua Fosse Minha” em um rap criado em parceria com a Uber. O filme musical explora a rua como espaço de encontros, deslocamentos e disputas diárias, conectando a estética do videoclipe a elementos reconhecíveis da cultura popular, como a Carreta Furacão.
Segundo Pedro Thompson, head de marketing da Uber no Brasil, a escolha do artista e o formato musical visam reforçar o posicionamento da empresa dentro do entretenimento e da cultura urbana. “A história de Xamã inspira milhares de brasileiros que, como ele, fazem do corre uma forma de expressão. Esse novo desdobramento reforça e amplia a presença de Uber Moto na cultura urbana, mostrando que a marca acompanha o ritmo da cidade e de quem faz com que ela aconteça”, diz.
A Wieden+Kennedy segue como responsável pela criação e pelo desenvolvimento do conceito. Para Pedro Gabbay, diretor de criação da agência, a releitura musical dialoga com a ideia de autonomia e deslocamento. “‘Se Essa Rua Fosse Minha’ fala sobre se sentir dono do próprio caminho, empoderado, confiante e livre dos limites impostos pelos obstáculos urbanos. Quando a cidade está do seu lado, tudo flui. E é isso que o Uber Moto representa: uma forma mais acessível e prática de chegar onde você quiser", diz.
Xamã destaca que o projeto articula arte, cotidiano e referências coletivas. “Essa campanha é uma celebração do corre e da arte que vem da rua. Trazer uma cantiga que todo mundo conhece e misturar com elementos da nossa cultura popular, como a Carreta Furacão, é mostrar que a rua é viva, que ela se transforma com a gente. A música fala sobre pertencimento, sobre como a cidade molda a gente e sobre encontrar poesia no cotidiano”, afirma o artista.
A iniciativa integra um movimento contínuo da Uber de usar o entretenimento como ponte com consumidores que vivem a mobilidade urbana nos grandes centros. Em anos anteriores, a marca já havia desenvolvido projetos semelhantes, como a parceria com a cantora Ludmilla em 2024.
No contexto de Uber Moto, a empresa busca acompanhar a expansão do transporte por motocicletas no país, modalidade que já integra a rotina de grandes capitais como Salvador e Rio de Janeiro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o mototáxi está presente em 2.925 dos 5.570 municípios, alcançando todos os estados. Hoje, é o terceiro meio de transporte mais comum do país, atrás das vans e dos táxis.
A estratégia da Uber tem como foco pessoas que enfrentam deslocamentos extensos e limitações de mobilidade em áreas periféricas e comunidades, acompanhando o avanço da formalização do meio de transporte. O videoclipe com Xamã integra essa abordagem e reforça a plataforma de comunicação da empresa, que recorre à música, referências culturais e linguagem visual para dialogar com a vida urbana e com quem utiliza a modalidade.
No terceiro trimestre de 2025, a empresa registrou receita recorde de US$ 13,5 bilhões, um avanço de 20% em relação ao ano anterior. No mesmo período, atingiu 150 milhões de usuários ativos mensais no mundo. As reservas brutas chegaram a US$ 49,7 bilhões, acima das expectativas do mercado, e a companhia projeta que esse volume suba para até US$ 53,75 bilhões no quarto trimestre, impulsionado pelo aumento de viagens durante as festas de fim de ano.
No último dia 10, o Supremo Tribunal Federal formou maioria para derrubar a lei paulista nº 18.156/2025, que atribuía aos municípios o poder de autorizar ou vetar o transporte remunerado de passageiros por motocicletas. A decisão confirma entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, que já havia invalidado a norma em setembro.
Sancionada em junho, a lei atendia ao interesse da Prefeitura de São Paulo, que desde 2023 proíbe esse tipo de transporte na capital e disputa na Justiça com plataformas como Uber e 99.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, acolheu o argumento da Confederação Nacional de Serviços de que a legislação estadual invadia a competência da União para tratar de trânsito e transportes. Na prática, a autorização para o serviço de mototáxi é definida exclusivamente pela legislação federal.
Com o julgamento, municípios paulistas — e de todo o país — ficam limitados a regulamentar o funcionamento da atividade, estabelecendo regras locais, mas sem poder proibir ou criar obstáculos que inviabilizem o serviço.
Em São Paulo, a gestão municipal tem até 8 de dezembro para editar uma regulamentação, após o TJ-SP considerar inconstitucional o decreto que impedia o serviço e fixar prazo de 90 dias para a adequação. Apesar das decisões do STF e do Tribunal de Justiça, o serviço ainda não opera na capital por ausência de regras. Em outras cidades brasileiras, o transporte por motocicleta via aplicativos já está disponível.
Como mostrou a EXAME, o número de pessoas que trabalham por aplicativos cresceu 25,4% e alcançou 1,7 milhão de brasileiros no terceiro trimestre de 2024. No período, houve a entrada de 335 mil trabalhadores nessa forma de ocupação, de acordo com a Pnad Contínua, do IBGE.
Com esse avanço, os profissionais vinculados a plataformas passaram a representar 1,9% da força de trabalho do país, um aumento de 0,4 ponto percentual em dois anos. O transporte é a principal porta de entrada: somando motoristas de táxi e de aplicativos como Uber e 99, são 1,1 milhão de pessoas na atividade. Na sequência aparecem os aplicativos de entrega de comida e produtos, como o iFood, que reúnem 485 mil trabalhadores.