China teria emprestado torcedores para a Coreia do Norte: a informação foi divulgada nesta quarta-feira pela imprensa chinesa. (.)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2010 às 08h15.
Pequim - O animado grupo de torcedores que, com bandeiras e cachecóis nas cores vermelha e azul, apoiou ontem a Coreia do Norte no estádio Ellis Park na partida contra o Brasil era, ao contrário do que se poderia esperar, composto por atores chineses contratados pelo regime norte-coreano.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela imprensa chinesa. Os "torcedores" teriam sido recrutados pela empresa China Sports Management Group a pedido do Comitê de Esportes da Coreia do Norte, que forneceu cerca de mil ingressos para que ocupassem uma pequena parte das arquibancadas do estádio em Johanesburgo.
Poucos norte-coreanos conseguem o luxo de sair do país, devido ao alto custo para seu padrão de vida e pela enorme dificuldade de conseguirem vistos.
A contratação de torcedores - ou claque - não representa, no entanto, que os chineses precisem receber para apoiar a Coreia do Norte. De acordo com pesquisas realizadas antes da Copa do Mundo, a maioria dos cidadãos do país torcerá para os vizinhos e aliados norte-coreanos, já que a seleção da China não conseguiu vaga no Mundial.
Apesar da derrota para o Brasil, o resultado (2 a 1) pode ser considerado surpreendente devido ao favoritismo atribuído à seleção comandada por Dunga. Façanha maior, porém, a Coreia do Norte conseguiu na Copa de 1966, quando se tornou a primeira seleção não-europeia ou americana a passar da primeira fase. A vitória sobre a Itália foi o símbolo de uma das campanhas mais surpreendentes da história dos Mundiais.
A eliminação para Portugal, em uma derrota por 5 a 3, encerrou uma digna participação dos norte-coreanos, que agora tentam repetir o feito.
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