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SXSW 2026 terá agência oficial de viagens brasileira; Copastur mira R$ 2,6 bilhões

Empresa investe R$ 50 milhões em nova unidade de negócios, com curadoria de conteúdo conduzida por 50 embaixadores, entre eles Rony Meisler, Geovana Quadros e Mônica Magalhães

Edmar Mendoza, CEO da Copastur: companhia aposta no SXSW 2026 para lançar novo modelo de viagens corporativas com curadoria de embaixadores brasileiros (Divulgação)

Edmar Mendoza, CEO da Copastur: companhia aposta no SXSW 2026 para lançar novo modelo de viagens corporativas com curadoria de embaixadores brasileiros (Divulgação)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 13h15.

Última atualização em 22 de setembro de 2025 às 13h18.

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O South by Southwest (SXSW) 2026, que marcará a 40ª edição do festival de inovação em Austin, no Texas, contará com uma agência oficial de viagens dedicada ao público brasileiro. O Brasil é hoje a segunda maior delegação internacional do evento, e a Copastur fechou contrato direto com a organização para oferecer pacotes de participação, logística e curadoria de conteúdo.

Com mais de 50 anos no segmento corporativo, a companhia criou uma unidade de negócios dedicada a experiências e networking, que estreia justamente no SXSW. As vendas começam em 1º de outubro. O projeto recebeu investimento de R$ 50 milhões e tem como meta dobrar, em um ano, a base de clientes e a receita da área de eventos. [grifar]Segundo o CEO Edmar Mendoza, a expectativa é alcançar R$ 2,6 bilhões em vendas em 2026.

O acordo é comercial, não de patrocínio, e prevê que a Copastur garanta um número mínimo de participantes — não divulgado. “Até agora, os grupos viajavam de forma independente ou por meio de empresas sem vínculo com o festival. A partir desse contrato, passamos a ser o canal direto com a organização”, afirma Mendoza.

Os pacotes incluem credenciais, hospedagem, atendimento 24 horas, assessoria de viagem, experiências de networking, ativações de marca e curadoria feita por cerca de 50 embaixadores brasileiros de inovação, negócios, cultura e tecnologia. O pagamento poderá ser feito em reais e parcelado; passagens aéreas serão negociadas à parte. Em 2025, o custo médio de participação foi de R$ 60 mil.

Segundo o CEO, o diferencial frente aos demais concorrentes será combinar a expertise em logística com a curadoria. Entre os primeiros embaixadores confirmados estão Rony Meisler, Geovana Quadros, Mônica Magalhães e Maryana Silva Rodrigues. “Mais do que acompanhar, eles guiam a trilha de cada participante e ampliam conexões durante o evento”, diz o executivo.

Ele lembra que a edição de 2026 exigirá suporte adicional, já que o Centro de Convenções de Austin, espaço histórico das principais palestras, estará em reforma. “A programação estará mais dispersa pela cidade. Sem apoio, o participante perde tempo em deslocamentos e deixa de aproveitar o evento. Nosso papel será guiar o perfil de cada pessoa de acordo com o que está acontecendo”, afirma.

Além de festivais e conferências, a Copastur já atua em logística para campeonatos de e-sports, mas vê o SXSW como marco inicial de um novo modelo. A intenção é levar o formato para eventos como o Web Summit e feiras de setores como esportes, arte e joalheria. “É um formato escalável. Criamos tecnologia e processos que podem ser aplicados a qualquer grande evento no mundo”, diz o executivo.

A nova unidade integra soluções desenvolvidas pela empresa, como a plataforma de inteligência artificial Zuri, o atendimento omnichannel e serviços de banking as a service. “Essa combinação, de tecnologia, curadoria e atendimento em um só lugar, é que vai diferenciar a experiência para empresas e executivos”, avalia Mendoza.

SXSW 2025: inovações tecnológicas e experiências imersivas transformam Austin em vitrine do futuro. (Amy E. Price/SXSW/Divulgação)

Estratégia da companhia

Conforme mostrou a EXAME, o mercado de viagens corporativas voltou a crescer no Brasil, somando R$ 131 bilhões em 2024, com previsão de alta de 3,5% em 2025. Nesse cenário, a Copastur, uma das cinco maiores do país, aposta em um ecossistema de 12 marcas. A mais recente é a joint venture 8B Seguros, que pretende movimentar R$ 800 milhões em prêmios já em 2025. Atualmente, a receita da companhia gira em torno de R$ 2,5 bilhões.

Fundada em 1973, a empresa construiu sua trajetória no atendimento a companhias de grande porte e, com a integração à rede internacional Direct ATPI, ganhou relevância em operações complexas, como a logística de trocas de tripulação em plataformas de petróleo, que já respondem por 20% da receita.

Hoje, o plano é expandir em áreas que vão de eventos e educação executiva a turismo de luxo, intercâmbio, games e seguros. Entre as marcas estão o superapp C+, a Aquarela (eventos), a Change (educação), a Goya (turismo de luxo), a PassForAll (vistos) e a Buffly (e-sports), além de operações em países como México, Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai.

O desafio é consolidar esse ecossistema diante de concorrentes como CVC Corp, BeFly e Decolar, em um setor pressionado por redução de custos, digitalização e práticas ESG. Para 2025, as prioridades são crescer na América Latina, medir o retorno das novas unidades e consolidar o superapp como centro da experiência do viajante. Leia na reportagem.

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