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Sony deveria estender patrocínio da Copa, diz executivo

Segundo o presidente da operação da empresa no Brasil, a companhia deveria continuar patrocinando as próximas edições do evento e a própria Fifa


	Sony: a empresa planeja distribuir 2 mil ingressos para consumidores no Brasil e oferecerá milhares de outros para sua rede varejista e outros clientes
 (Junko Kimura/Bloomberg)

Sony: a empresa planeja distribuir 2 mil ingressos para consumidores no Brasil e oferecerá milhares de outros para sua rede varejista e outros clientes (Junko Kimura/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h39.

Manaus - A Sony Corp. deveria estender seu patrocínio à FIFA, o órgão que gerencia o futebol mundial, e à Copa do Mundo para além do torneio do ano que vem, segundo o presidente de sua operação no Brasil.

O acordo dos dois torneios com a Sony termina depois da edição de 2014, no Brasil. Osamu Miura, presidente da Sony Brasil Ltda., disse que funcionários da sede da fabricante de produtos eletrônicos em Tóquio ainda têm que negociar uma extensão do maior patrocínio da empresa.

“Eu realmente espero que a cúpula da Sony decida continuar, porque a próxima Copa do Mundo após o Brasil será na Rússia, e depois da Rússia será no Catar”, disse Miura, em entrevista. “Esses mercados também são muito importantes para a Sony”.

A importância do Brasil para a Sony cresceu ao longo da última década e o país agora está classificado entre os “cinco ou seis” maiores mercados, segundo Miura, que não forneceu detalhes financeiros. “A Rússia também é um dos países BRIC, então para nós eles são muito importantes”, acrescentou, referindo-se a Brasil, Rússia, Índia e China.

O crescimento da Sony no Brasil tem acompanhado o crescimento do tamanho da classe média no maior país da América Latina.

“Nós precisamos de 12 anos para conseguir dobrar o tamanho da empresa, e depois disso, em três anos, dobramos de novo”, disse Carlos Paschoal, diretor de marketing e comunicação da Sony Brasil.

A FIFA recentemente passou por um programa de reforma após reclamações de parceiros, incluindo patrocinadores, depois de denúncias de corrupção contra os principais funcionários.


Mesmo após as críticas, nenhum de seus patrocinadores, entre os quais estão a Coca-Cola Co. e a Hyundai Motor Co., deixou a entidade. A FIFA gerou US$ 350 milhões com patrocínio relacionado à Copa do Mundo no ano passado.

A porta-voz da FIFA, Delia Fischer, disse ontem que a organização não comenta negociações em andamento.

Relacionamento com a Adidas

No mês passado, a Adidas AG, segunda maior fabricante de produtos esportivos do mundo, estendeu seu contrato até 2030, o que significa que seu relacionamento com a FIFA pode permanecer inquebrável por 60 anos.

“A Copa do Mundo é muito importante para a Sony”, disse Miura na semana passada durante o sorteio da competição, que será realizada de 12 de junho a 13 de julho. “Nós estamos esperando um enorme crescimento. Podem ser seis meses dourados para nós”.

A Sony, maior exportadora de eletrônicos do Japão, está trabalhando sua nova televisão ultra high-definition 4K depois de desistir da tecnologia 3D. Uma versão de 65 polegadas do modelo mais recente custa em torno de US$ 10 mil no Brasil, muito mais do que custaria nos EUA ou na Europa, por causa de impostos mais altos.

A Sony tem que produzir a maior parte de seus produtos para venda no Brasil em Manaus, a capital do Amazonas, porque as importações empurrariam os preços ao consumidor ainda mais para cima, segundo Miura. Para o resto do mundo, os produtos são fabricados na China e no Japão.

A Sony planeja distribuir 2 mil ingressos para consumidores no Brasil e oferecerá milhares de outros para sua rede varejista e outros clientes. Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, os patrocinadores foram criticados por deixarem assentos vazios em jogos nos quais já não havia entradas para o público geral.

“Nós nunca ficaremos com ingressos em nossas mãos”, disse Paschoal, explicando que a empresa tem planos de contingência se um convidado não aparecer. Uma medida é distribuir os ingressos para uma casa de caridade brasileira que cuida de crianças, com a qual a empresa tem parceria, disse ele.

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