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Solteiros cariocas consomem de forma mais exigente

Último perfil do estudo Riologia de 2012 indica que 27% da população do Rio de Janeiro de 30 a 50 anos faz parte do perfil “Independente Social Club”


	Mais independente na hora de selecionar o que compra, solteiros tem autonomia em suas escolhas diárias
 (Camila Marchon/Veja Rio)

Mais independente na hora de selecionar o que compra, solteiros tem autonomia em suas escolhas diárias (Camila Marchon/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 10h26.

Rio de Janeiro - Os solteiros cariocas são mais exigentes na hora de consumir. O último perfil de 2012 do estudo Riologia indica que as famílias unipessoais representam 27% da população do <a href="https://exame.com/noticias-sobre/Rio-de-Janeiro" target="_blank"><strong>Rio de Janeiro </strong></a>de 30 a 50 anos, 33% deles pertencendo à classe A e 22%, da B. Mais independente na hora de selecionar o que compra, como e porque, este target tem autonomia em suas escolhas diárias. Nesse sentido, morar sozinho não é mais um ato de rebeldia, mas significa uma busca por conhecimento.</p>

Os motivos para a vida sem companheiros são diversos. Boa parte saiu de casa cedo, dividiu espaço com amigos e agora possui estrutura financeira e psicológica para assumir as contas sozinho. Outros encaram a rotina solitária após uma separação. Ainda há os que optaram por namorarem de forma fixa ou casarem morando em locais diferentes. Mesmo que não tenham ninguém para dividir a vida ou tarefas do lar, de acordo com a pesquisa os prós desse estilo de vida são maiores que os contras.

Um dos motivos é que eles podem fazer o que quiserem e não dar satisfação a ninguém. Para 88% do perfil, por exemplo, o fato de não dividirem a responsabilidade de uma casa não significa infelicidade. Pelo contrário, as principais frases imperativas do Independente Social Clube são: “é possível ser feliz sozinho” e “a vida de quem mora só é mais cara, mas prefiro pagar o preço”. Os números também reforçam a vida deles: 95% assumem que gostam de ter momentos solitários e 65% não se sentem sozinhos em casa.

A liberdade induz ao formato de vida e aos hábitos de consumo que possuem. A maioria tem gastos elevados, principalmente em habitação. Do total de entrevistados, 81% costumam viajar sozinhos e 31% possuem algum animal de estimação. Entre os itens que não podem faltar no carrinho de compra estão bebidas alcoólicas (26%), pão (9%) e produtos de higiene pessoal e beleza (6%). O supermercado é o local onde geralmente o Independente Social Clube efetua as compras, com 85%, seguido de mercadinhos de bairro (28%) e lojas de conveniência (27%).

Tendência crescente

Mais do que uma fase de vida, morar sozinho está se tornando uma opção cada vez mais comum no Brasil. Dados do IBGE indicam que, de 2000 para 2010, o número de pessoas morando sozinhas cresceu 30%. No Rio de Janeiro, o índice foi ainda maior: 54%. De forma geral, são 12,2% solteiros no país, contra 8,6% em 2000. O Rio também tem destaque, com 15,6%, sendo o estado com a maior taxa de moradores solitários.


Na pesquisa Riologia, uma das conclusões é que essas pessoas têm se questionado cada vez mais sobre o significado de “ser solteiro” e refletido sobre sua individualidade. “Eles estão mais disponíveis a investir neles. O que importa é o bem estar, o conforto, a vida mais prática. Isso vale tanto do ponto de vista psicológico como de consumidor. Eles ganham mais maturidade em todos os níveis”, avalia Adriana Hack, Sócia-Diretora da Casa 7 Núcleo de Pesquisa, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Ao contrário do jovem de vinte anos, morar sozinho dos 30 aos 50 anos promove um encontro fundamentalmente consigo mesmo. Solteiro e independente, o perfil Independente Social Clube começa a se bastar e a buscar nas relações aquilo que realmente é importante, tornando-se mais criterioso com as suas escolhas e respeitando mais seu próprio espaço. Como essa é apenas uma fase, não descartam um dia morar juntos com alguém, mas a individualidade e a privacidade serão sempre uma prioridade para este grupo.

O fato de não dividirem o local onde moram não significa, no entanto, que são antissociais. A escolha de morar sozinho é para oferecer a eles mesmos uma nova atitude em relação à vida. “Eles adoram conhecer gente, mas têm uma vida independente e não abrem mão disso. Ao contrário do que a sociedade pensa, muitos deles não são e nem se sentem solitários, e não estão loucos para sair dessa condição”, pontua Samuel Moreshi, um dos coordenadores do Riologia.

Estudo Riologia

O projeto Riologia foi lançado em junho de 2012 e é uma parceria da Agência Quê com a Casa 7 Núcleo de Pesquisa. Desde o seu lançamento a união das empresas desenvolveu cinco perfis voltados para a vida carioca: Geração A, CDF’s – Construtores do Futuro, Filhos 2.0, Esportistas S.A. e o Independente Social Clube, último divulgado este ano.

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