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Será 2025 o ano dos microinfluenciadores? Veja quatro tendências para a creator economy

Estudo da BR Media Group revela insights sobre o impacto crescente dos microinfluenciadores no marketing de 2025

 (Maskot/Getty Images)

(Maskot/Getty Images)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 21h07.

A MIS, empresa especializada em micro e nano influenciadores do BR Media Grouprecém-adquirido pela gigante de publicidade Publicis – lançou um estudo que aponta quatro tendências para a creator economy em 2025.

Esse mercado tem se consolidado como uma das principais forças do marketing e da economia digital, movimentando bilhões de reais globalmente e impactando diretamente o comportamento de compra e a relação dos consumidores com as marcas.

De acordo com estimativa do banco de investimento Goldman Sachs, o mercado global movimentou 250 bilhões de dólares em 2023 e deverá alcançar 470 bilhões de dólares em 2027.

A pesquisa “What’s next?” destaca, nesse contexto, que os microinfluenciadores têm se mostrado essenciais para marcas que buscam uma conexão autêntica, devido ao alcance segmentado e altamente engajado. Em 2025, a expectativa é de que esses criadores de conteúdo ganhem ainda mais espaço e relevância nas estratégias de marketing, cada vez mais assertivas e personalizadas.

“As tendências apontam para um cenário em que o marketing de influência com microinfluenciadores será cada vez mais integrado à tecnologia, à diversidade geracional e ao engajamento com causas sociais e ambientais", diz Luiz Stamboni, head da MIS. Segundo ele, as marcas que souberem navegar por essas transformações, incluindo creators adequados em seus planos, estarão melhor posicionadas para se conectar de forma eficaz com o público em 2025.

O estudo da MIS envolveu 3 mil pessoas, sendo 58% do gênero feminino e 42% masculino. Dentre os entrevistados, 56% pertencem à geração millennial, 39% à geração Z, 4% à geração X e 1% aos baby boomers. Quanto à distribuição regional, 56% estão no Sudeste, 16% no Nordeste, 13% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 5% na Região Norte. Confira abaixo quatro tendências do marketing de influência para 2025:

Parceria para o futuro – complemento, não substituto

Microinfluenciadores estão cada vez mais incorporando a inteligência artificial em suas estratégias, mas como uma ferramenta de apoio, e não como substituto da autenticidade humana.

A IA pode ajudar a otimizar o processo de criação de conteúdo, análise de dados e personalização de campanhas, mas o papel principal continuará sendo a conexão genuína entre o influenciador e sua audiência.

De zero a gen: diversificação para todas as gerações

Com o avanço das gerações, as marcas estão cada vez mais atentas à importância de criar estratégias que alcancem desde a geração Z até a geração X. A geração Z, por exemplo, tem se destacado em colaborações entre influenciadores, enquanto os millennials e a geração X têm buscado influenciadores com os quais se identifiquem mais.

Além disso, muitos criadores têm compartilhado suas próprias famílias em seus conteúdos, abordando diferentes formações familiares – um desafio que as marcas precisam considerar ao planejar suas campanhas para alcançar um público diversificado.

Colhendo o que plantamos: responsabilidade social e ambiental

Os microinfluenciadores estarão cada vez mais engajados em questões sociais e ambientais. Os temas de sustentabilidade e responsabilidade social se tornarão pilares nas campanhas de marketing, com os criadores de conteúdo liderando as tendências ESG (ambientais, sociais e de governança).

Isso trará uma mudança nos KPIs utilizados pelas marcas, com maior ênfase no impacto positivo gerado pelas ações, além de uma crescente expectativa por parte do público por conteúdo genuíno e comprometido com causas relevantes.

O auge das comunidades e a democratização da influência

O Brasil, líder no número de influenciadores, tem demonstrado um comportamento único: a forte conexão dos consumidores com as comunidades de influenciadores. Ao alinhar seu conteúdo com criadores que dominam a linguagem e os valores dessas comunidades, as marcas podem obter grandes benefícios.

Um exemplo disso é o UGC (User Generated Content), que tem ganhado cada vez mais relevância, transformando os consumidores em porta-vozes ativos das marcas. As comunidades oferecem uma nova forma de democratizar a influência, tornando as parcerias com criadores não apenas uma estratégia, mas uma necessidade para marcas que buscam um engajamento real e duradouro.

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