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Rio Open: por que o tênis é importante para a estratégia da Rolex

A maior marca de relógios de luxo do mundo está presente nos maiores torneios do mundo e no pulso dos melhores tenistas da atualidade

Lounge Rolex no Rio Open 2022: visibilidade da marca (Roberto Filho / Rolex/Divulgação)

Lounge Rolex no Rio Open 2022: visibilidade da marca (Roberto Filho / Rolex/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 11h27.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 11h40.

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Em toda aparição pública, o carioca João Fonseca, atual sensação do tênis masculino, coloca no pulso o seu Rolex Cosmograph Daytona em aço, com mostrador branco. Ele faz isso logo após as partidas, nas coletivas de imprensa, nas cerimônias de premiações.

Fonseca assinou contrato com a Rolex em meados do ano passado. Na semana passada, ele venceu seu primeiro grande torneio, o ATP 250 de Buenos Aires. A expectativa da torcida brasileira era que ele repetisse o desempenho no Rio Open, que acontece nesta semana.

Não deu para o João. Ele perdeu na primeira rodada. Mas a saída de seu mais novo embaixador não atrapalhou em nada a visibilidade da marca suíça no torneio do Rio de Janeiro.

Precisão, tradição e elegância

A Rolex é o relógio oficial do Rio Open desde sua primeira edição, 11 anos atrás. O logotipo da coroa está em diversos pontos da estrutura montada no Jockey Clube Brasileiro, inclusive dentro das quadras, como marcador de horas e tempo de jogo.

O Rio Open é o maior torneio de tênis da América do Sul. Existem atualmente 13 campeonatos denominados ATP 500. O do Rio é um dos únicos desse nível disputado no saibro, ao lado dos de Barcelona e Hamburgo. É disputado em nove quadras. O estádio central tem capacidade para 6.200 pessoas. O Corcovado Club, espaço VIP do campeonato, ocupa mais de 2 mil metros quadrados.

“Tenho muito orgulho de estar ao lado da Rolex, uma marca lendária, que tem alguns dos maiores campeões do nosso esporte como embaixadores, além de aliar os valores que são tão importantes para o tênis, como precisão, tradição e elegância”, disse João.

Marca com mais de 30% do mercado

O tênis tem importância central na estratégia de marketing da Rolex. Ninguém do mercado questiona a qualidade dos relógios que saem das quatro manufaturas da marca, que ficam entre Genebra e Bienne, na Suíça.

Entre as inovações trazidas pela Rolex está a caixa impermeável Oyster. Todos os relógios dessa linha trazem inscrita a palavra ‘perpetual’. Trata-se de uma filosofia que incorpora a visão e os valores da empresa. Ao longo de sua história a Rolex registrou mais de 600 patentes.

Muitos modelos da marca, como o Cosmograph Daytona de João Fonseca, têm fila de espera e alcançam até um preço mais alto no mercado de segunda mão, devido à pouca oferta.

A Rolex é hoje a maior marca de relógios do mundo, com um faturamento estimado acima de 10,5 bilhões de francos em 2024, segundo relatório anual que acaba de sair a consultoria da indústria relojoeira suíça LuxeConsult com a instituição financeira Morgan Stanley.

Esse faturamento representa um aumento de 500 milhões de francos em relação a 2023, enquanto as exportações de relógios suíços caíram 3%, segundo a Federação da Indústria Relojoeira Suíça.

Foram mais de 1,1 milhão de relógios vendidos, segundo a estimativa. A Rolex tem sozinha 32% do mercado de relógios de luxo. A segunda colocada, a Cartier, detém apenas 8%.

Associação com artes, ciências e esportes

A liderança absoluta da Rolex não se dá pela excelência dos seus relógios. Não só. Outras manufaturas produzem peças se excelente qualidade e com mais complicações. O preço final dos seus produtos tem relação com o valor de marca construído desde a sua fundação, em 1906.

Já em suas primeiras décadas a Rolex procurou se associar a atletas e eventos esportivos, especialmente tênis, golfe, corridas de carros e motos, iatismo. Patrocina expedições recordistas, em mergulho e no alpinismo. Financia pesquisas em ciências e exposições de artes.

Para citar alguns exemplos, na conquista do Everest, em 1953, Edmund Hillary e Tenzing Norgay usavam um Rolex Oyster, que deu origem ao modelo Explorer. Em 1976 foi criado o programa Rolex Awards for Enterprise, um prêmio para contribuições significativas em áreas que vão da saúde ao ambiente. Em 2002 foi iniciado o Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative, de apoio às artes em geral.

De Carlos Alcaraz a João Fonseca

Como fundação independente, a Rolex não divulga balanços oficiais e não revela quanto gasta em ações de marketing. Recentemente, a marca saiu da Fórmula 1. Talvez no atual formato da Liberty Media, o maior circuito de automobilismo não converse mais tanto com a marca.

Em compensação, neste ano o Rolex Sail Grand Prix Championship, o maior e mais prestigiado campeonato de vela do mundo, frequentemente chamado de “Fórmula 1 da vela”, terá uma etapa brasileira em 2025. Será no Rio de Janeiro, em maio.

O apoio ao tênis começou em 1978, com a primeira parceria com Wimbledon. De lá para cá o apoio se estendeu aos demais campeonatos do Grand Slam, Australian Open, Roland Garros e US Open. Lendas desse esporte foram incorporadas à família Rolex de Testimonees, como Rod Laver, Björn Borg, Chris Evert e Roger Federer.

O relógio da coroa passou a figurar nos eventos ATP Masters 1000 e WTA 1000, nas finais da Laver Cup e da Davis Cup, nas finais Nitto ATP e WTA de fim de temporada.

O grupo de tenistas embaixadores inclui hoje Carlos Alcaraz, Coco Gauff, Jannik Sinner, Iga Swiatek, Taylor Fritz, Stefanos Tsitsipas e Qinwen Zheng. E agora João Fonseca, o jovem tenista carioca que aparece de Cosmograph Daytona no pulso.

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