Marketing

Patrocinadores da Olimpíada estão contratando atletas

Patrocinadores estão tentando associar definitivamente suas marcas aos Jogos Olímpicos anunciando a contratação de atletas


	Olimpíada: empresas defendem que a contratação de atletas é mais do que uma simples jogada publicitária
 (REUTERS/Pawel Kopczynski)

Olimpíada: empresas defendem que a contratação de atletas é mais do que uma simples jogada publicitária (REUTERS/Pawel Kopczynski)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 14h03.

Os patrocinadores da Rio 2016 estão dando mais um passo para provar seu compromisso com a competição e casar suas marcas para sempre com os anéis olímpicos: estão contratando atletas.

A empresa de auditoria e serviços profissionais EY planeja contratar nove atletas olímpicos após o fim da competição e seus nomes serão revelados na ocasião.

A Visa, empresa oficial de cartões e sistemas de pagamento da Olimpíada, está rodando um anúncio em seu website: “Precisamos de ajuda: estamos contratando atletas olímpicos e paralímpicos na Visa”.

As empresas insistem que as iniciativas são mais do que simples jogadas publicitárias e que, na verdade, têm uma finalidade importante.

Diferentemente de figuras de renome como Simone Biles e Michael Phelps, muitos atletas olímpicos têm dificuldades para guardar dinheiro ao longo de suas vidas esportivas e contam com poucos caminhos para carreiras tradicionais, com exceção de empregos como treinador e na mídia.

As iniciativas também deixam Visa e EY, antes conhecida como Ernst & Young, bem na foto, segundo Bob Dorfman, especialista em marketing esportivo na Baker Street Advertising em São Francisco.

“Esta é uma grande história de Relações Públicas”, disse Dorfman por telefone. “Além de todas as outras avenidas de marketing existentes -- TV, redes sociais, ponto de venda, logos nos uniformes --, acho que esta é uma ótima maneira de promover boa vontade para sua marca”.

Beth Brooke-Marciniak, vice-presidente global de políticas públicas da EY, conta que a transição de carreiras é ainda mais difícil para as atletas mulheres, que raramente ganham tanto quanto seus colegas do sexo masculino e chegam ao fim de suas vidas esportivas profissionais sem conseguir fazer um pé de meia ao longo do caminho.

Entrar no jogo para ajudá-los na transição é geralmente uma vitória dupla, segundo Brooke-Marciniak, que foi jogadora de basquete da Universidade de Purdue, EUA.

“As mulheres não ganham dinheiro nenhum no esporte, é espantoso”, disse ela. “As mulheres não têm outra escolha a não ser mudar de rumo. Elas precisam ter um capítulo seguinte”.

As mulheres que a empresa contrata irão para a divisão de assessoria, em funções similares aos empregos de nível de entrada para os quais contrata profissionais formados nas principais faculdades e universidades, segundo Brooke-Marciniak.

Se por um lado concentrar-se especificamente nas atletas olímpicas mulheres é uma novidade, as empresas de Wall Street e de outras partes estão notando há algum tempo que os atletas são bons funcionários.

Carly Drum-O’Neill, que fundou uma unidade focada em atletas na empresa de busca de executivos Drum Associates, disse que o sucesso no esporte muitas vezes anda de mãos dadas com o desejo de sucesso e com o tipo de confiança que permite aos grandes vendedores comandar uma equipe.

“Esses atletas olímpicos provaram facilmente que possuem as habilidades essenciais que te fazem ser bem-sucedido no mundo do trabalho de hoje”, disse Drum-O’Neill, ex-tenista da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEY (Ernst & Young)MarcasOlimpíada 2016OlimpíadasPatrocíniosetor-de-cartoesVisa

Mais de Marketing

Por que os brasileiros estão boicotando e cancelando marcas nas redes sociais?

Cinco tendências em publicidade e marketing, segundo Simon Cook, CEO do Cannes Lions

Rock the Mountain 2024: yoga, tirolesa, brindes e ativações surpresas do festival

Fiat convida motoristas 'virgens' para dirigir o primeiro híbrido