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Para Dorothea Werneck, o Brasil ainda está aprendendo a exportar

As condições para a evolução das exportações são recentes e as empresas ainda estão percebendo a função estratégica do comércio externo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h54.

Há apenas cinco anos o Brasil passou a reunir as condições ideais para um salto das exportações. O marco do surgimento da vocação exportadora do país, segundo Dorothea Werneck, coordenadora do programa de exportação do banco Santander Banespa, foi a desvalorização cambial promovida em janeiro de 1999. A partir daquele ano, "o dólar chegou a um patamar mais adequado à economia brasileira", afirmou Dorothea, que participa do seminário Marketing em Foco, promovido pelas revistas EXAME e Meio & Mensagem, nesta terça-feira, em São Paulo. Além disso, outras condições foram se agregando ao longo dos anos. As empresas brasileiras se tornaram mais competitivas, e a inflação baixa proporcionou à iniciativa privada a possibilidade de realizar planejamentos de longo prazo e posicionar-se em relação ao mercado externo.

"Desde então, as exportações estão crescendo a taxas anuais de 20%, 25% e a tendência é acelerar", diz Dorothea, que comandou a Agência de Promoção de Exportações (Apex), durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Mas, para a executiva, não basta que as condições estejam dadas. É preciso, ainda, que os empresários realmente adotem as exportações como uma estratégia de longo prazo. E quem se decidir por este caminho precisa de paciência para colher os primeiros resultados. "Em média, gastam-se de 12 a 24 meses entre a decisão de exportar e o primeiro embarque", afirma. Este tempo é consumido entre análises dos mercados em potencial, adequação dos produtos, contato com clientes, entre outros. "Quem começar o processo agora, só colherá frutos em 2006", diz.

O resultado, porém, é compensador. Conforme Dorothea, no período inicial de exportação, uma empresa pode experimentar uma "curva exponencial" de crescimento. Ela cita o exemplo de um fabricante de artigos para animais de estimação cujas exportações saltaram de zero, em abril de 2002, para 300 mil dólares mensais em outubro do ano seguinte.

"O governo precisa fazer sua parte para melhorar a imagem do país, mas a iniciativa privada também tem de colaborar", diz. As principais ajudas das empresas é o desenvolvimento de produtos de qualidade e o cumprimento dos contratos de exportação. "Não adianta prometer para o cliente que vai exportar e depois romper o contrato, dizendo que o câmbio não está bom ou que o mercado interno melhorou. Isso prejudica muito a imagem do país e a dos outros exportadores", afirma.

Seminário Marketing em Foco

Lia Lubambo

Executivos, empresários e profissionais de marketing participam do seminário

Promovido pelas revistas EXAME e Meio & Mensagem, o seminário Marketing em Foco é um ciclo inédito de palestras voltado para a relevância do marketing na gestão das empresas, a valorização das marcas e a atualização profissional.

Nesta terça-feira (17/8), empresários, executivos da iniciativa privada debateram o esforço de o Brasil projetar-se no exterior. O tema das palestras de hoje, que ocorrem no hotel Gran Meliá, em São Paulo, é o Brasil Global. Para ter mais informações sobre o seminário, clique aqui e visite o site do Marketing em Foco.

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