Coca-Cola: (Mike Blake/Reuters)
Guilherme Dearo
Publicado em 28 de julho de 2018 às 06h00.
Última atualização em 28 de julho de 2018 às 06h00.
São Paulo - Todo mundo aprende na escola que o Brasil, desde os tempos imperiais, virou o "país do café", ficando sempre entre os principais países exportadores e, também, consumidores. O que pouca gente sabe é que o Brasil também é o país do refrigerante.
O Brasil é o terceiro país do mundo que mais consome bebidas carbonadas anualmente, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do México.
Em 2017, foram 13,3 bilhões de litros bebidos por aqui. Isso representa 6% do consumo global no período, de 215 bilhões de litros. O campeão, EUA, consumiu impressionantes 47,4 bilhões de litros no período.
Já se o assunto é café, somos campeões de consumo, à frente de Estados Unidos, Indonésia, Alemanha e Japão. Pouco mais de um milhão de toneladas de café em 2017 no Brasil. Os EUA vem logo atrás com 951 mil toneladas.
De olho nesses dois dados, café + refrigerante, é de se imaginar que uma bebida que una as duas coisas vá fazer sucesso por aqui.
Talvez seja apostando nesses números que a Coca-Cola lançou a nova Coca Café Espresso nessa semana. A bebida traz 40% mais cafeína e 50% menos açúcar. É a tentativa da marca de se segmentar e atender aos gostos específicos dos brasileiros.
Angelica Salado, pesquisadora do Euromonitor International, acredita que a recuperação da economia brasileira vai puxar o aumento do consumo de refrigerante a partir de 2019, levando as marcas a investirem em novos negócios e lançamentos.
"Nos próximos anos, fabricantes de refrigerantes devem investir mais na reinvenção e reformulação de produtos, posicionando-os como mais 'saudáveis'. Essas tentativas incluem a redução das taxas de açúcares. Brasileiros continuam a buscar modos de vida mais saudáveis", diz Salado.
Atualmente, a The Coca-Cola Company domina 58% do mercado de refrigerantes do Brasil, enquanto a AB InBev fica com 11% e a PepsiCo com 5%.