Marketing

Os 4 inimigos da transformação digital no marketing

Vitor Peçanha, cofundador da Rock Content, fala sobre quatro erros básicos que podem fazer a transformação digital fracassar no marketing

Vitor Peçanha, no evento RD Summit: adotar uma tecnologia só porque está na moda pode resultar em campanhas caras e ineficazes (Guilherme Leporace / RD Summit/Divulgação)

Vitor Peçanha, no evento RD Summit: adotar uma tecnologia só porque está na moda pode resultar em campanhas caras e ineficazes (Guilherme Leporace / RD Summit/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 18h35.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 18h37.

Florianópolis, SC — Discutir transformação digital no marketing desperta reações intensas em muitos profissionais da área. Não é à toa. Grandes organizações, como Johnson & Johnson, Uber e McDonald's já eliminaram o cargo de diretor de marketing e passaram a focar em posições relacionadas à tecnologia e à inteligência de dados.

Isso não significa, entretanto, que a área de marketing esteja perdendo relevância. Vitor Peçanha, cofundador da Rock Content, subiu ao palco do RD Summit, evento sobre marketing digital que acontece nesta semana em Florianópolis (SC), para desmistificar esse processo de transformação digital. No evento, ele trouxe quatro vilões da transformação digital, que podem ser evitados. Veja quais são esses erros que podem prejudicar o processo.

1 — Não ter um estratégia específica para marketing digital

É preciso mais que simplesmente trazer para o online ideias que funcionam no offline. O uso da tecnologia possibilita desenvolver estratégias de segmentação muito mais avançadas que no offline, facilitando o oferecimento de campanhas contextualizadas, baratas e efetivas. E, segundo Peçanha, no marketing, o contexto é o muito determinante para o sucesso. Mais que isso, não é mais aceitável trabalhar com informações limitadas de contexto.

2 — Ter medo do "arroz com feijão"

Às vezes, a receita mais simples é a melhor. Não adianta querer inovar apenas por inovar. "Se você não fizer nem o básico, por que inventar moda?", provocou Peçanha. Há várias estratégias já bastante exploradas – como campanhas por e-mail, e-books e blogs – que, se bem executadas, ainda são efetivas. Se for para inovar, é importante ter intenção clara e não esquecer de métricas clássicas, mas relevantes, como retorno sobre o investimento, custo de aquisição do cliente e volume de vendas gerado.

3 — Desconhecer a dor real do cliente

Compreender a motivação por trás das ações dos clientes é desafiador, mas importante. As pessoas tendem a fazer buscas cada vez mais amplas e, por isso, apresentar campanhas assertivas é essencial para não perder oportunidades. Felizmente, estratégias como remarketing e segmentações robustas, apoiadas na coleta e na análise de dados de vários canais, permitem entender com mais profundidade o momento do cliente e a motivação por trás de suas ações.

4 — Ter medo de ficar fora

Um grande risco da transformação digital é tomar decisões motivadas apenas pelo medo de ficar fora das tendências. Segundo Peçanha, quanto maior o medo do arrependimento, mais propensas ficam as pessoas a seguir tendências apenas pela moda. Isso aconteceu com tecnologias como a realidade aumentada, que foi empregada em campanhas publicitárias caras e mal sucedidas.

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