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OMS pede que mais países restrinjam publicidade do cigarro

"Estamos orgulhosos de todas as conquistas refletidas no relatório", disse diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Não-Transmissíveis da OMS


	O estudo destaca que aumentou em quase 400 milhões o número de pessoas abrangidas por proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, medida para evitar o consumo dessa substância que a OMS promove no relatório deste ano
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O estudo destaca que aumentou em quase 400 milhões o número de pessoas abrangidas por proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, medida para evitar o consumo dessa substância que a OMS promove no relatório deste ano (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 20h20.

Cidade do Panamá - A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta quarta-feira um relatório que fala dos "sucessos" na luta contra o tabaco e pede que mais países proíbam sua publicidade, como uma via "muito eficaz" para combatê-lo e aplanar o caminho rumo à meta de reduzir seu consumo em 30% para 2025.

A OMS apresentou nesta quarta-feira no Panamá seu relatório sobre a epidemia mundial do tabaco 2013, no qual aponta que nos "últimos cinco anos mais que duplicou" o número de pessoas cobertas por pelo menos uma medida de limitação ao consumo do tabaco, até chegar a 2,3 bilhões.

Segundo o documento, 20 países nos quais vivem 657 milhões de pessoas implantaram requisitos estritos quanto a incluir advertências nos pacotes de cigarro e mais de 500 milhões de pessoas passaram a ter acesso a serviços adequados para deixar de fumar.

"Estamos orgulhosos de todas as conquistas refletidas no relatório", disse aos jornalistas o diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Não-Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher.

O estudo destaca que aumentou em quase 400 milhões o número de pessoas abrangidas por proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, medida para evitar o consumo dessa substância que a OMS promove no relatório deste ano.

"Estamos concentrados em proibir a publicidade do tabaco, a promoção e o patrocínio, que é uma das técnicas da indústria para aumentar seus consumidores e focar nas povoações mais vulneráveis", entre elas os setores mais pobres de Ásia, África e América Latina, explicou Bettcher.

A proibição total da publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco é uma forma "muito eficaz para reduzir ou eliminar a exposição aos fatores que induzem ao consumo" dessa substância, que provoca a morte de seis milhões de pessoas a cada ano, um milhão delas na América Latina, revelou a OMS em seu relatório.


"Os países que impuseram proibições totais junto com outras medidas de controle do tabaco conseguiram reduzir seu consumo de forma significativa em poucos anos", assegurou Bettcher.

O documento da OMS detalha que atualmente 24 países do mundo que abrigam 694 milhões de pessoas implantaram proibições completas, o que representa menos de 10% da população mundial.

"Outros 100 países estão a ponto de proibi-lo totalmente, mas restam 67 países que não proíbem nenhuma forma de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, nem implementaram medidas para proibir a publicidade nos meios de difusão e na imprensa nacional", indicou o organismo.

Se forem mantidas as tendências atuais, o número de mortes atribuíveis ao consumo de cigarro aumentará para oito milhões ao ano em 2030, acrescenta o documento da OMS.

Nesse contexto, Bettcher afirmou que o desafio imediato "é ter mais países" que apliquem as medidas contidas no Convênio Marco para o Controle do Tabaco da OMS, que entrou em vigor em 2005 e conta atualmente com 177 partes aderentes.

Essas medidas, conhecidas como MPOWER, são: vigiar o consumo do tabaco e as políticas de prevenção; proteger a população da fumaça do tabaco; oferecer ajuda para largar o cigarro; advertir dos perigos do tabaco; fazer cumprir as proibições sobre publicidade, promoção e patrocínio e aumentar os impostos do tabaco.

Para o diretor da OMS a vontade política dos governos é o que vai permitir avançar na luta antitabaco, independentemente se são países de renda alta, média ou baixa.

Citou como exemplo que nos últimos anos os países que mais implementaram proibições de publicidade do tabaco têm rendas "baixas ou médias". 

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