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O que as empresas mais inovadoras têm em comum?

Para entrar no jogo das empresas mais inovadoras, é preciso errar, ouvir o cliente e simplificar — não reinventar a roda

Inovar é identificar dores reais e propor soluções simples. A escuta ativa e a experimentação são parte do processo (patpitchaya/Getty Images)

Inovar é identificar dores reais e propor soluções simples. A escuta ativa e a experimentação são parte do processo (patpitchaya/Getty Images)

Publicado em 16 de junho de 2025 às 06h00.

Engana-se quem pensa que a resposta para essa pergunta é “sucesso”, pois, na verdade, ele só chega depois de muito trabalho duro e estratégia. Inovar não acontece em um passe de mágica, e muito menos é um dom – na realidade, existem padrões estratégicos a serem seguidos para que as empresas alcancem o tão esperado êxito.

Antes de mergulharmos nos segredos, vamos alinhar o básico: inovar não é só inventar um produto ou serviço nunca visto antes, é sobre identificar problemas reais que ainda não foram resolvidos e transformá-los em uma oportunidade de oferecer soluções novas e, assim, criar valor de marca.

Temos o Nubank como um exemplo que deixa muito claro esse movimento. Eles escutaram as reclamações dos usuários sobre as taxas e burocracias dos bancos tradicionais e assim nasceu o banco digital sem anuidade e filas, por ser 100% online, simplificando a jornada do cliente.

Portanto, estabelecido que inovar é solucionar problemas, como virar o jogo? O primeiro passo é analisar o mercado em que a marca está inserida. Precisamos compreender as demandas e preferências dos clientes e colaboradores, além de realizar pesquisas sobre as reclamações dos concorrentes. A partir disso, temos um propósito como ponto de partida. Esse processo é essencial também para identificar o público-alvo, que é quem de fato vai consumir as soluções da empresa.

Ao investir em novos produtos, é importante ter em mente que errar faz parte desse processo, e aprender a partir dos erros faz toda a diferença. Empresas com essa filosofia possuem dentro do planejamento uma etapa de avaliação da hipótese, para estudarem o comportamento do público e receber feedbacks.

Um bom exemplo de experimentação antes de lançar um produto é o Airbnb: seus fundadores, Brian Chesky e Joe Gebbia, eram colegas de quarto e decidiram oferecer colchões em seu apartamento em São Francisco para hospedar viajantes que estavam na cidade participando de um evento. Com isso, colocaram à prova se a idealização de se hospedar em casas alheias por preços mais acessíveis do que os encontrados em hotéis seria um empecilho para seu projeto. No ano seguinte, a plataforma foi oficialmente lançada e se popularizou no mundo inteiro.

Um ensinamento importante desse case é o MVP (produto mínimo viável): comece com modelos simples, mas que tenham o mesmo funcionamento, e só então invista no protótipo completo.

Por fim, a criação de equipes formadas por profissionais com diferentes ideias e vivências é fundamental, pois elas proporcionam múltiplas perspectivas de um mesmo conteúdo.

Segundo estudo publicado pelo BCG (Boston Consulting Group), organizações com equipes de gestão diversificadas geram 19% mais receita proveniente de inovação do que aquelas com menor diversidade. Mas, para isso, é necessário criar uma cultura que incentive diferentes opiniões, na qual os colaboradores não tenham medo de serem julgados por suas sugestões. Às vezes, uma ideia “boba” pode ser o início de uma solução extremamente lucrativa e capaz de transformar a sociedade.

Outros dados do Boston Consulting Group revelam que 83% dos executivos classificam a inovação entre as três principais prioridades de suas organizações. Isso significa que, para sobreviver no mercado, é preciso entrar nesse jogo.

Portanto, para ter mais chances de fazer parte da lista de empresas mais inovadoras, ao lado de nomes como Google, Amazon, Apple e Tesla, é importante desenvolver uma mentalidade voltada à experimentação, estar aberto a mudanças e, principalmente, buscar soluções simples, fáceis e criativas para problemas do dia a dia. Vale ressaltar que a verdadeira inovação não nasce, necessariamente, de tecnologias disruptivas, mas sim de ideias que resolvem dores reais com eficiência e simplicidade.

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